Centro Comunitário Luiza Távora recebe ação de educação em saúde para mulheres

29 de outubro de 2021 - 17:05 # # #

Ascom SPS

A ação foi resultado de parceria entre as secretarias executivas de Políticas para Mulheres e de Proteção Social, e a IFMSA Brazil

Espaço de acolhimento e partilha, o Centro Comunitário Luiza Távora (Farol), segunda casa para inúmeras famílias do Cais do Porto, em Fortaleza, abriu as portas para uma atividade pensada especialmente para as mulheres da comunidade: uma roda de conversa sobre educação sexual e saúde menstrual. A ação, resultado de parceria entre as secretarias executivas de Políticas para Mulheres e de Proteção Social, da Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), e a IFMSA Brazil Unifor, comitê local filiado à International Federation of Medical Students’ Associations of Brazil (IFMSA Brazil), foi conduzida por um grupo de estudantes de Medicina, membros da Liga de Ginecologia, Obstetrícia e do Recém-nascido (LGORN), da Universidade de Fortaleza (Unifor). “Fazemos atividades com a população buscando desenvolver a empatia e ajudar as comunidades ao nosso redor através da educação em saúde”, explica Lis Aguiar, membro da LGORN.

Para a secretária executiva de Políticas para Mulheres da SPS, Denise Aguiar, é fundamental promover momentos como esse nos Centros Comunitários, especialmente por serem unidades tão próximas de suas comunidades. “Outubro é um mês simbólico de intenso debate sobre a saúde da mulher e, neste momento em que a pobreza menstrual também está em pauta, precisamos sim abordar este e tantos outros temas relevantes para meninas e mulheres. Então trouxemos uma ação educativa sobre saúde, nesta ocasião contando com o suporte dos alunos da Unifor e da IFMSA Brazil, mas aproveitamos o espaço também para conversarmos sobre questões de gênero e sobre o combate à violência contra a mulher. Entendemos que interagir com a comunidade e compartilhar conhecimento é o caminho para que tenhamos mulheres mais fortalecidas”, destaca a secretária.

Além da roda de conversa, que abordou temas como a primeira menstruação e principais dificuldades enfrentadas no processo, as participantes da atividade puderam jogar “mitos e verdades”, momento descontraído em que testaram seus conhecimentos acerca de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Para Maria de Lourdes Marques, 63 anos, a programação superou expectativas. “Achei excelente e penso que pode acontecer mais vezes para alcançar um público maior. Nossa comunidade precisa muito e informação nunca é demais”, avaliou. Uma das mais participativas do grupo, Regineide Machado, 48 anos, achou a palestra esclarecedora. “Os estudantes tiraram muitas dúvidas que eu tinha sobre vários temas. Foi maravilhoso”, comemora. Segundo a coordenadora do Centro Comunitário Luiza Távora, Socorro Parente, atividades como essas são, sobretudo, demonstrações de carinho para aquelas que frequentam a unidade. “É muito importante, dentro de uma comunidade de imensa vulnerabilidade social como essa, trazer mais conhecimento para essas mulheres incríveis”, reforça.

A atividade foi encerrada com a distribuição de kits contendo absorventes, preservativos femininos e masculinos, sabonete, xampu, creme dental e desodorante, além de material informativo. “Trabalhamos para transformar a realidade dessas comunidades e dessas famílias mais vulneráveis. A intersetorialidade entre comunidade, academia e poder público faz com que haja uma sensibilização mútua e, assim, exercitamos a empatia”, afirma a coordenadora de Políticas para Mulheres da SPS, Norma Zélia Andrade. A técnica da Coordenadoria de Proteção Social Básica da SPS, Jacqueline Lessa, destaca os benefícios de aproximar cada vez mais as unidades da população. “Falar das mulheres para as mulheres, dialogar sobre as dificuldades enfrentadas e abordar questões relacionadas especificamente à saúde delas faz com que reconheçam os centros comunitários como locais de acolhimento e entendam que estamos aqui para desenvolver habilidades que possam dar força e coragem para essas mulheres”, ressalta.