Novembro Azul: obesidade é fator de risco para diabetes; HRN é referência no tratamento da doença na região Norte

12 de novembro de 2021 - 16:33 # # # # #

Teresa Fernandes - Ascom HRN

Tratamento de pacientes com a doença crônica é feito por uma equipe multiprofissional que promove um cuidado individualizado

Manter uma rotina com hábitos saudáveis é imprescindível para minimizar o risco de desenvolver comorbidades – como obesidade, diabetes e hipertensão. Neste mês, celebra-se, no próximo domingo (14), o Dia Mundial da Diabetes. A data tem como objetivo conscientizar acerca da prevenção e do tratamento da doença crônica, que tem como um dos fatores de risco a obesidade. Localizado em Sobral, o Hospital Regional Norte (HRN), vinculado à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e administrado pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), é referência no atendimento de casos de média e alta complexidade de pacientes com complicações decorrentes da diabetes.

A obesidade abdominal e a resistência à insulina estão entre as causas do desenvolvimento da síndrome metabólica (SM), que pode ser definida como “um grupo de fatores de risco interrelacionados, de origem metabólica, que diretamente contribuem para o desenvolvimento de doença cardiovascular e/ou diabetes do tipo 2”, segundo a gastroenterologista do HRN, Caroline Evy Vasconcelos Pereira. A diabetes é causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina.

A nutricionista da unidade, Edilayne Gomes Boto, ressalta que, nos últimos anos, houve uma ascensão de doenças crônicas não transmissíveis, tais como sobrepeso, obesidade, diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial sistêmica e demais diagnósticos cardiovasculares. “A diabetes mellitus tipo 2 é caracterizada como uma síndrome de etiologia multifatorial e tem como um dos fatores de risco para seu desenvolvimento quadros de sobrepeso/obesidade, associados também a padrões alimentares ancorados na adoção da dieta ocidental, bem como hábitos e estilos de vida, como o sedentarismo, dentre outros”, explica.

Tratamento

Diagnosticada com diabetes há seis anos, a agricultora Adriana Pereira de Oliveira faz acompanhamento regular em uma unidade básica de saúde em Uruoca, também no Norte cearense, onde mora. No entanto, sintomas como fadiga e fraqueza se intensificaram e ela precisou ser encaminhada para tratamento no HRN. “Comecei sentindo muito cansaço nas pernas, moleza; era medicada, mas não melhorava e me encaminharam aqui para o Regional. Estou sendo medicada, usando a insulina e em uma dieta adequada”, conta.

O tratamento de pessoas com diabetes é feito por uma equipe multiprofissional que promove um cuidado individualizado para cada paciente. “É de fundamental importância o acompanhamento multiprofissional com medidas integrais e efetivas que possam ir ao encontro das necessidades e particularidades de cada paciente, para que seu tratamento e cuidado sejam efetivos, possibilitando melhor qualidade de vida e minimização de possíveis intercorrências associadas”, orienta Boto.

Segundo ela, profissionais da Nutrição desempenham um papel fundamental nos ajustes dietéticos pertinentes à sistematização do cuidado. “Durante a assistência hospitalar, esse cuidado é estendido para além desses ajustes, utilizando-se dos processos de educação em saúde como uma ferramenta de empoderamento para o processo de cuidado integral e efetivo em conjunto com o paciente e seus cuidadores/familiares para sua efetivação também no ambiente domiciliar”, ressalta.