Casa da Mulher Brasileira realiza programação dos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres do Ceará

24 de novembro de 2021 - 15:11 # # # #

Ascom SPS - Texto

Fruto de uma articulação coletiva entre a Casa da Mulher Brasileira e os movimentos feministas e de mulheres, a programação dos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres do Ceará traz um enfoque no enfrentamento à violência contra as mulheres em diversos espaços, seja nas universidades, nas redes sociais ou nos ambientes institucionais. Neste ano, a Casa já ultrapassou os 32 mil atendimentos e segue criando espaços de diálogos e garantia dos direitos para meninas e mulheres. Nesta quinta-feira, 25, o equipamento da Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) abre as portas para mais um debate sobre violência psicológica, em alusão ao Dia Internacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres. O evento será presencial e ocorre no auditório, das 15h às 17h.

A coordenadora da Casa, Daciane Barreto, destaca que a programação este ano vai ser híbrida, entre encontros virtuais e presenciais, e que todos os dias devem acontecer diversas ações. Neste primeiro debate foram convidadas a titular do Juizado da Mulher de Fortaleza, juíza Rosa Mendonça, e a professora universitária, mestra em Direito pelo Programa de Pós-graduação em Direito da UFC e pesquisadora nas áreas de violência de gênero e criminologia, Geórgia Oliveira.

“A violência psicológica é um tema que nos aflige e nos mostra que as políticas públicas precisam ser fortalecidas e ampliadas para que possamos extirpar essa faceta cruel da nossa sociedade. Este debate é muito importante pela representação das mulheres que lutam, que sobrevivem e que continuam desenvolvendo lutas por um Brasil com igualdade de gênero, justo e sem violência”, ressalta Daciane Barreto.

“Apesar de estar presente na redação da Lei Maria da Penha desde sua entrada em vigor, em 2006, somente em 2021 a violência psicológica recebeu uma tipificação específica. Esse tipo de violência precisa cada vez mais ser debatido e abordado, para que mais mulheres saibam que não é apenas a partir da agressão física que elas podem procurar ajuda. É a violência que se coloca nas ações que parecem pequenas, mas que vão minando a saúde mental e a liberdade das mulheres, aprofundando e levando a outras violações. Quanto mais cedo a situação de abuso for identificada, mais cedo aquela mulher poderá receber ajuda e orientação para sair do contexto violento”, frisa a professora universitária, Geórgia Oliveira.

“É importante que estejamos atentas a nós e às mulheres a nossa volta, seja para orientar, auxiliar na denúncia ou até mesmo fazer uma escuta qualificada. Aparentemente são atitudes simples, mas que fazem a diferença entre a vida e a morte para muitas mulheres, e nós, enquanto sociedade, precisamos nos mobilizar para que este assunto seja abordado em todos os locais e para que possamos desnaturalizar a violência doméstica e dizer que não aceitamos nenhuma a menos”, pontua a titular da SPS, Socorro França.

Pela Vida das Mulheres

A programação dos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres inicia no dia 20 de novembro aqui no Brasil, Dia da Consciência Negra, e encerra no dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Serviço

Mesa de Debate: Violência Psicológica contra a Mulher: Precisamos falar sobre isso!
Quinta, dia 25, das 15h às 17h
Auditório da Casa da Mulher Brasileira – Rua Tabuleiro do Norte, s/n, Couto Fernandes