Vigilância de doenças crônicas não transmissíveis ganhará suporte de plataforma idealizada pela ESP/CE
10 de dezembro de 2021 - 17:14 #doenças crônicas #Escola de Saúde Pública #Sesa
Elon Nepomuceno - Ascom Sesa Texto
Divulgação/ESP Foto
Mais de 500 profissionais, entre gerentes, agentes comunitários de saúde e enfermeiros, foram capacitados em oficinas para novo modelo
A vigilância dos fatores de risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) deverá passar por mudanças no Ceará em 2022, visto que está em desenvolvimento uma plataforma que vai automatizar a coleta e o armazenamento de dados dos usuários da rede pública estadual de Saúde. A iniciativa, que é coordenada pela Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE), vinculada à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), tem como objetivo, ainda, fortalecer as estratégias de prevenção das enfermidades.
Em paralelo à implantação do novo sistema, a ESP/CE, por meio de seu Centro de Educação Permanente em Vigilância da Saúde (Cevig), começou a capacitar profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS) cearenses para que se adequem ao novo modelo de coleta das informações.
No último mês de novembro, houve o primeiro ciclo de oficinas. Na ocasião, participaram da atividade formativa agentes comunitários, enfermeiros e gerentes de três municípios: Iguatu, Crateús e Russas.
Os treinamentos foram conduzidos pelas bolsistas de Extensão Tecnológica da ESP/CE, Maria Iranilde Mesquita Rocha e Tereza Patrícia Cavalcante. Ambas estão participando, também, de um trabalho no Grupo Técnico Doenças e Agravos Não Transmissíveis (GT DANT) da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica e Prevenção em Saúde (Covep) da Sesa.
Nesse primeiro momento, gerentes e enfermeiros das UBS participaram de forma on-line. Já os agentes comunitários de saúde (ACSs) realizaram as atividades de forma presencial, nos seus respectivos municípios de atuação. Ao todo, foram capacitados 509 profissionais.
“Oportunizar essa formação para a equipe de profissionais que acompanharão de perto toda a coleta de dados do projeto, além de nos assegurar uma maior confiabilidade dessas informações, traz grandes chances na obtenção de um trabalho exitoso”, avalia a coordenadora das oficinas, Sâmia Sousa.
Mais sobre a coleta
Durante os acolhimentos, as equipes conseguem obter informações sobre diversos aspectos, como estado de saúde, situação nutricional, consumo alimentar, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, além de inatividade física e tabagismo.
A partir dos indicadores, é possível realizar o monitoramento contínuo dos hábitos e comportamentos, de tal forma que gestores e profissionais de saúde tenham subsídios para atuação e utilização das políticas públicas efetivas de promoção da saúde e prevenção das doenças.