Doação de leite humano é ainda mais essencial no período de fim de ano

17 de dezembro de 2021 - 14:47 # # # # # #

Wescley Jorge - Ascom HGCC - Texto
Thiago Freitas - Fotos

No HGCC, bebês internados na Unidade Neonatal recebem o leite doado após rigoroso processo de controle de qualidade

Em meio às festas de fim de ano e as férias de janeiro, as doações de leite humano costumam diminuir. Os recém-nascidos internados na Unidade Neonatal do Hospital Geral Dr, César Cals (HGCC), da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), não podem ficar sem leite materno. A doação pode fazer a diferença e ajudar na recuperação dos bebês.

O alimento doado é essencial. Ele possui todas as vitaminas e anticorpos que ajudam no desenvolvimento e fortalecimento dos pequenos, especialmente os prematuros internados. O HGCC é o hospital de referência no cuidado neonatal de prematuros e de bebês com prematuridade extrema. Por isso, o equipamento precisa garantir o estoque de leite humano neste fim de ano.

Veja aqui onde doar leite humano no Ceará

“Precisamos do empenho e disponibilidade das mães que estão amamentando para fazer a doação. Elas são essenciais nesse processo de cuidado dos recém-nascidos internados na UTI [Unidade de Terapia Intensiva] Neonatal”. É o que afirma a enfermeira do banco de leite Vanessa Demétrio. A profissional reforça a necessidade de que mais mães possam doar para manter o estoque adequado e promover a alimentação exclusiva dos bebês com leite materno.

Ana Jessica, 27, faz doação diariamente no atendimento presencial, na Sala da Mulher Trabalhadora que Amamenta, no HGCC

Fazer a doação é fácil. As orientações são passadas pelos profissionais do Banco de Leite Humano. Basta ligar gratuitamente para o número 0800 286 5678 ou entrar em contato, por mensagem, pelo WhatsApp, com o número (85) 98819-9912. A mãe interessada em doar faz um cadastro, recebe as orientações e tem o endereço inserido na rota da doação. O HGCC possui uma equipe que vai buscar o leite na casa da doadora.

Trabalhando perto do HGCC, no Centro de Fortaleza, a vendedora Ana Jessica da Silva, 27, poderia aproveitar a hora do almoço para descansar. Em vez disso, ela vem todo dia à Sala da Mulher Trabalhadora que Amamenta (Samta) do Banco de Leite para fazer a doação. “Eu sempre quis ajudar. Tenho bastante leite. Dá para minha filha e para doar também para outras crianças”, diz.


Leite doado é pasteurizado em laboratório antes de ser ofertado aos pequenos

Jessica conta que viu na televisão e pesquisou na Internet como fazer para se tornar doadora. Desde o quarto dia após o nascimento da primeira filha, Luíza Vitória, nascida em 10 de agosto deste ano, que ela doa. A sensação é de dever cumprido. “Eu nem sei explicar, mas, só em poder ajudar ao próximo, estou cumprindo meu papel”, ensina.