Mais de 404 mil doses de vacinas chegam ao Ceará para a imunização de adultos contra a covid-19
15 de fevereiro de 2022 - 09:37 #AstraZeneca #Ceadim #imunobiológicos #Jansse #Pfizer #vidas
Larissa Falcão - Ascom Casa Civil Texto
Tatiana Fortes Fotos
Entre a tarde e a noite desta segunda-feira (14), chegaram ao Ceará novos lotes de vacinas contra a covid-19. Ao todo, foram recebidas 142.740 doses da Pfizer, 126.750 da AstraZeneca e 135.250 da Janssen, totalizando 404.740 doses que serão utilizadas para o reforço da população adulta.
“Seguimos trabalhando firmes, em parceria com os municípios, para vacinar os cearenses o mais rápido possível”, garantiu o governador Camilo Santana, em publicação nas redes sociais.
Todas as remessas foram enviadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. Após desembarque no Aeroporto Internacional de Fortaleza, as cargas são encaminhadas para a Central de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadim), da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), de onde seguem para distribuição aos municípios em até 24 horas, por meio de rotas aéreas e terrestres.
O Ceará aplicou mais de 16,7 milhões de doses até esta segunda-feira (14). O reforço (D3) chegou ao braço de quase 2,5 milhões de cearenses. Já o ciclo vacinal básico, com duas doses ou dose única da Janssen, foi cumprido para 6,7 milhões de pessoas no Estado.
Vacinas salvam vidas
De acordo com um levantamento realizado pela Secretaria da Saúde do Governo do Ceará (Sesa) junto às nove Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs) de Fortaleza geridas pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), apenas 4,59% do total de atendimentos nesta terceira onda da pandemia evoluiu para quadros mais graves. O que atesta que a vacinação massiva da população cearense tem contribuído para que os quadros mais severos sejam minoria absoluta na porta de entrada da rede pública de saúde.
Comparando com o cenário sem vacinação, nos meses de pico das duas ondas anteriores de covid-19 no Brasil – maio de 2020 e março de 2021 – os índices de transferências por síndrome gripal para leitos em unidades de média e alta complexidade eram bem superiores aos atuais, chegando a uma diferença proporcional de 82% entre o atual período e a fase mais crítica da primeira onda. Em maio de 2020, uma a cada quatro pessoas que buscavam as UPAs (25,61%) precisavam ser encaminhadas para leitos de hospitais de maior complexidade. Em março de 2021, a necessidade de internação – seja enfermaria ou UTI – chegava a 17,27% dos pacientes atendidos. No recorte atual, com a maioria da população vacinada, a cada vinte pessoas que dão entrada nas UPAs apenas uma necessita de transferência.
Segundo a infectologista Melissa Medeiros, que atua no Hospital São José (HSJ), da Rede Sesa, o perfil dos pacientes com quadro de saúde agravado está também relacionado a menores respostas imunológicas à vacina. “Há muitos idosos internados e sabemos que esse grupo populacional tem resposta vacinal menor. A dose de reforço oferece uma proteção maior, então deve ser tomada com prioridade neste público, assim como em quem tem comorbidades. Também observamos pessoas não vacinadas entre os casos graves”, explica a médica.