Na ADS de Iguatu, laboratórios ampliam vigilância contra arboviroses, leishmaniose, doença de Chagas e animais peçonhentos
2 de março de 2022 - 09:28 #Acesso À Saúde #arboviroses #doença de Chagas #iguatu #laboratórios #Leishmaniose #vigilância
Letícia Maia - Ascom Sesa - Texto
Francisco Oliveira - Artes gráficas
A prevenção e o combate às doenças transmitidas por vetores são iniciativas indispensáveis à promoção da saúde pública. A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), atendendo à solicitação da Área Descentralizada de Saúde (ADS) de Iguatu, ampliou a vigilância entomológica na Região de Saúde do Cariri. Para analisar a incidência das arboviroses (dengue, zika e chikungunya), da leishmaniose e da doença de Chagas, laboratórios de endemias estão estrategicamente estruturados. A iniciativa visa, ainda, à investigação de acidentes envolvendo animais peçonhentos.
As atividades desenvolvidas incluem a coleta de dados sobre os transmissores de patologias e a análise de diversos parâmetros pré-definidos. Dentre eles, destacam-se a composição e a abundância das espécies, as taxas de infecção, as características comportamentais, além de eventuais resistências a inseticidas.
O assessor técnico de endemias/zoonoses da ADS, Ivan Eduardo de Oliveira Filho, reforça o intuito da proposta. “O objetivo é descentralizar o serviço de identificação vetorial, antes realizado por servidores do Ministério da Saúde que estão se aposentando. Já avançamos em alguns municípios e estamos buscando viabilizar treinamentos em Deputado Irapuan Pinheiro, Catarina, Acopiara, Quixelô, Saboeiro e Jucás”, assegura.
O profissional também elenca os impactos estimados a partir da iniciativa. “O trabalho executado deve gerar evidências e estratificação de risco para a implantação de ações estratégicas. Dessa forma, na busca pela saúde, saberemos quais providências devem ser tomadas, além de como e de onde aplicá-las”, informa.
As equipes atuantes, pautadas por treinamentos, estão habilitadas para identificar culicídeos (conhecidos popularmente como mosquitos, pernilongos e muriçocas) e flebotomíneos (o mosquito-palha é o mais conhecido desta subfamília de insetos). A gestão estadual investiu na estruturação laboratorial por meio da aquisição de equipamentos, microscópios, vidrarias e insumos indispensáveis aos estudos e às análises.
Oliveira enfatiza, ainda, a importância da modernização da inclusão digital nas ações de controle para a pesquisa e a eliminação larvária para os agentes de endemias da ADS. “Foi realizada uma prova de conceito para a consolidação de um aplicativo. Dessa forma, estão sendo aprimoradas estratégias para melhorar as ações de controle”, conclui.