Feirinha da Beira Mar recebe artesanato produzido por internos do sistema prisional cearense

3 de março de 2022 - 11:49 # # # #

Ascom SPS

O artesanato é a maior expressão cultural popular de uma região, além de ser fonte de sustento para muitas pessoas. Garantindo trabalho e renda para os internos do sistema prisional, os artigos produzidos por esses artesãos serão comercializados no polo de artesanato de Fortaleza, a Feirinha Beira Mar.

Os produtos estão à venda desde a última terça-feira (01) e se estendem até o próximo dia 15 de março, na Av. Beira Mar, em frente ao Hotel Mareiro. O estande funcionará das 16h às 22h.

O público poderá conferir mais de 200 opções de peças produzidas pelos artesãos do Instituto Penal Feminino Auri Moura Costa (IPF) e da Unidade Prisional Irmã Imelda Lima Pontes. Peças como almofadas bordadas e de fuxico, jogos americanos de vagonite, produtos em ponto cruz, bolsas de macramê e de crochê estarão disponíveis à venda na feirinha.

O secretário da administração penitenciária, Mauro Albuquerque, ressalta a importância de expor o trabalho dos internos artesãos como uma forma de valorizar o trabalho produzido no sistema prisional. “O artesanato contribui para a remição de pena e para o desenvolvimento de suas relações interpessoais e no mercado de trabalho. É uma iniciativa que faz diferença e gera oportunidade de qualificação ao interno para que ele retorne para a sociedade mais preparado”, afirma.

A Coordenadora de Inclusão Social do Preso e do Egresso da SAP, Cristiane Gadelha, se sente orgulhosa com a exposição das peças produzidas pelos internos. “Expôr esse trabalho demonstra a importância de projetos como o “Arte em Cadeia” na ressocialização dessas pessoas. São oportunidades como essas que melhoram a auto estima, desenvolvem valores, geram renda e propicia empoderamento e desenvolvimento da autonomia. É nosso dever desenvolver iniciativas que possibilitem a retomada de suas vidas quando saírem em liberdade”, conclui.

Projeto “Arte em Cadeia”

A arte nas unidades prisionais contribui para o processo de humanização e ressocialização dos internos através dos trabalhos diversificados oferecidos pela Secretaria da Administração Penitenciária. O artesanato tal como outras atividades existentes dentro dos presídios têm reflexo transformador.

O projeto possui a participação de 200 internos na produção, onde cinco unidades são beneficiadas. No total, são confeccionadas 2000 peças por mês e distribuídas em dois pontos de vendas: Emcetur e Feirinha da Beira Mar.

A renda arrecadada é revertida em prol do projeto, para a aquisição de mais materiais para a continuidade dos trabalhos.

Os internos artesãos, além de aprenderem uma nova profissão, recebem como benefício a remição de pena de um dia para cada três dias trabalhados na produção. A capacitação, além de preencher de forma funcional o tempo de reclusão, é uma oportunidade de reinserção social.