Mulheres que romperam o ciclo da violência buscam independência financeira com capacitação profissional
21 de março de 2022 - 08:48 #acolhimento humanizado #autonomia econômica #Casa da Mulher Brasileira #superação #violência doméstica
Sheyla Castelo Branco - Ascom SPS
Mariana rompeu com o ciclo da violência e hoje compartilha sua história com outras mulheres para que elas também saibam que é possível se libertar da violência doméstica e conquistar sua autonomia. “Os degraus mais difíceis da minha vida eu subi aqui na Casa da Mulher Brasileira, quando decidi denunciar meu agressor”, conta a cabeleireira, que recebeu na manhã desta sexta-feira (18), junto a outras 23 mulheres, o certificado do curso de Cabeleireiro realizado através do setor de Autonomia Econômica da Casa.
Equipamento da Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), a Casa já realizou cerca de 122.475 atendimentos nestes quase quatro anos de funcionamento. Muitas delas, após romper o ciclo de violência, participam dos cursos de qualificação profissional. O curso de Cabeleireiro teve duração de 100 horas/aulas e, na certificação, cada uma recebeu um kit de instrumental de trabalho, com secador, tesoura, escova, entre outros itens para que as participantes possam iniciar seu próprio negócio.
“Hoje nós estamos celebrando mais 24 histórias de superação. Cada mulher que está nesta sala sendo certificada, traz consigo muita coragem e força, pois nunca é fácil romper com o ciclo da violência e começar uma nova vida, mas elas deram o primeiro passo, e estão reescrevendo suas histórias”, destacou a secretária-executiva de Políticas para as Mulheres da SPS, Denise Aguiar.
A gestora ainda lembrou que o Ceará vem se destacando no desenvolvimento de políticas para as mulheres, seja com a interiorização das Casas, a exemplo da recém-inaugurada Casa da Mulher Cearense, no Cariri, ou com o Ônibus Lilás, atendimento itinerante que tem chegado aos distritos mais longínquos para que as mulheres cearenses saibam que não estão sozinhas
Daciane Barreto, coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, lembrou a cada uma das mulheres presentes na certificação que elas nunca mais estarão sozinhas. “Eu desejo profundamente que vocês nunca mais precisem ter medo ou se submeter a qualquer situação de opressão. É uma grande alegria para nós ver a mudança no semblante de quem chegou aqui com medo e hoje sai com um sorriso estampado no rosto e a alegria da possibilidade de reconstruir uma nova vida com mais autonomia, segurança, autoestima e livre das opressões”, ressaltou a coordenadora.
A Casa é um espaço de acolhimento humanizado às mulheres em situação de violência e articula em um só lugar todos os órgãos e serviços de enfrentamento a violência de gênero, tais como: Centro de Referência da Mulher; Delegacia de Defesa da Mulher; Juizado da Mulher; Núcleo de Gênero Pró-Mulher do Ministério Público; Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher da Defensoria Pública; Célula de Autonomia Econômica da SPS; Brinquedoteca; Alojamento de Passagem e Central de Transportes.
“Estamos dando novas oportunidades às mulheres em situação de violência, para que empreendam e tenham também qualificação e segurança para buscar uma vaga no mercado de trabalho”, pontuou a coordenadora da Inclusão Social da SPS, Rebecca Cortez. “Não posso deixar de parabenizar a todas as profissionais que atuam aqui dentro da Casa da Mulher Brasileira, principalmente ao setor da autonomia econômica, que vêm desenvolvendo um trabalho impressionante com as assistidas da Casa”, completou.
Serviço
A Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Tabuleiro do Norte, s/n. Couto Fernandes. O atendimento acontece todos os dias da semana, 24h por dia.