Dia das Mães: entre a assistência em saúde e a maternidade
4 de maio de 2022 - 16:46 #amor #Cuidados #mãe #maternidade #Profissionais
Márcia Catunda e Fátima Holanda - Ascom CCC | Samu 192 Ceará Texto
Márcia Catunda e Arquivo Pessoal Fotos
“Minha mãe passou a ser cuidada por profissionais incríveis, dentre eles, médicos, enfermeiros e fisioterapeutas”, comemora Kailane Gondim
Kailane Gondim teve uma experiência dupla na maternidade. Após pouco mais de um ano do nascimento do filho, ela passou a ser responsável pelos cuidados da mãe, Everlandia Gondim, 43, que sofreu um grave acidente de moto em novembro de 2021. A avó do pequeno Kaique ficou hospitalizada por seis meses. Segundo a jovem de 18 anos, os médicos não deram perspectivas de recuperação. “Porém, um milagre aconteceu e ela apresentou chances de melhora”, lembra.
Everlandia foi transferida e pôde continuar o tratamento na Casa de Cuidados do Ceará (CCC), equipamento da Secretaria Saúde do Estado (Sesa) gerido pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH). “Minha mãe passou a ser cuidada por profissionais incríveis, dentre eles, médicos, enfermeiros e fisioterapeutas. Aqui, ela passou a recuperar alguns movimentos e a sentar. É como se ela fosse uma criança de novo, reaprendendo a andar e falar”, comemora.
Além da equipe multiprofissional, a paciente teve como cuidadora a filha, até então inexperiente neste tipo de assistência. “Aprendi tudo do zero. Foi um grande aprendizado. Nessa experiência, pude dar ainda mais valor à família. Aprendi a banhar, trocar fralda. Já fazia isso com meu bebê, mas com um adulto é totalmente diferente, é bem mais complexo”, compara.
Para o Dia das Mães, celebrado neste domingo (8), a jovem conta que foi presenteada antecipadamente: Everlandia recebeu alta na última semana e vai poder reunir-se com a família em casa. “Enfim, a vovó vai passar mais tempo com o netinho”, festeja Kailane.
A urgência do maternar
No Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) Ceará, não é só a rotina laboral que exige fôlego. Mulheres que atuam na rede de atendimento contam como é se desdobrar entre a assistência à população e os cuidados com os filhos. “Ser mãe no contexto de trabalho é conciliar a maternidade e a carreira, dois caminhos cheios de obstáculos e que requerem muita força, disposição e amor, principalmente na área da Saúde”, diz Amanda Couto, 29, gerente da Unidade de Suprimentos e Logística do Samu 192 Ceará, em Fortaleza, e mãe da Letícia, 4.
Amanda Couto, 29, gerente da Unidade de Suprimentos e Logística do Samu 192 Ceará, é mãe da Letícia, 4
Para Jad Feitosa, técnica auxiliar de Regulação Médica na Central de Regulação das Urgências de Juazeiro do Norte, no Cariri, o cotidiano passou a ser mais agitado após o nascimento do filho, Pedro Enzo, 4. “Tento organizar bem a rotina e dividir em prioridades. O momento de trabalho é a realização pessoal que toda mulher deve ter, se para ela for importante. Ser mãe não deve nos limitar e, sim, motivar-nos a ser sempre melhor, dentro da realidade de cada uma”, argumenta a jovem de 29 anos.