Governo do Ceará debate Engajamento de equipes no setor público para entrega de melhores serviços

6 de maio de 2022 - 15:50 # # # # #

Amélia Gomes - Ascom Íris Texto
Helene Santos - Ascom Casa Civil e Beatriz Bley - Vice-Prefeitura de Fortaleza Fotos

O Engajamento é parte da inovação no setor público e pode ser desenvolvido a partir de diversos aspectos debatidos durante o Encontro de Engajamento de Equipes no Setor Público. O evento foi realizado pelo Íris | Laboratório de Inovação e Dados do Governo do Ceará, com apoio da Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz-CE), do Instituto Gesto, da Parceria Vamos — formada por Fundação Lemann, Instituto Humanize e República.org— e da Kayma, no dia 4 de maio.

Entre os pontos discutidos no evento, estão: trabalho em rede, equipes de alta performance e bons processos de seleção. Também foram apresentadas experiências e aprendizados da aplicação de projetos de engajamento na Sefaz-Ce, com a secretária Fernanda Pacobahyba, e na Secretaria da Educação, do Esporte e da Cultura de Sergipe, com o superintendente executivo da Secretaria de Sergipe, Ricardo Santana.

O secretário de Acompanhamento de Projetos Especiais da Casa Civil, Flávio Jucá, abriu a programação convidando os presentes a olharem com atenção para as transformações do Estado. “Esse movimento vivido no nosso Ceará, ao engajar pessoas da administração pública, do terceiro setor, da iniciativa privada, precisa ser observado com muito carinho para termos o cuidado de preservá-lo. Essas transformações acontecem quando a gente engaja as pessoas que estão trabalhando para que elas aconteçam”.

O vice-prefeito de Fortaleza, Élcio Batista, também participou do evento e colocou em debate a importância de inovar. “Inovar é preciso, mas a gente precisa sempre estabelecer os melhores caminhos para essa inovação. Ela precisa produzir mais eficiência e mais equidade”, reforça.

“A inovação é uma pauta urgente e transversal a todas as áreas do governo” é o que destacou a coordenadora-geral do Íris, Jessika Moreira, seguindo para a explicação de que ela é ancorada em três principais pontos. “O primeiro deles é a necessidade de trazer uma novidade para determinado contexto. O segundo é garantir a implementação dessa novidade, não basta ter boas ideias. O terceiro ponto é a importância da geração de resultados. A gente precisa medir, mensurar o impacto positivo da ideia implementada”, explica Jessika. A coordenadora também reforça o papel do Íris de disseminar a cultura de inovação dia a dia.

O momento inicial do Encontro contou, ainda, com a presença da diretora de relações institucionais do Instituto Gesto, Cleuza Repulho, destacando que gestão e pessoas dão resultados para a vida de todos. “Muitas vezes a gente acha que não precisa do setor público, quando na verdade ele impacta na nossa vida o tempo todo”. Ela também menciona o papel do Instituto Gesto na sociedade: “temos na nossa equipe gente que trabalhou no setor público, pessoas em momentos diferentes da carreira, e isso tem contribuído na perspectiva de fazer um trabalho coletivo de impacto”.

O que esperar do engajamento no setor público
Tendo como base o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a consultora em gestão pública e integrante do Movimento Pessoas à Frente, Renata Vilhena, abordou as expectativas sobre o setor público quando se fala em engajamento. “A expectativa é um serviço público mais inovador, mais flexível e ao mesmo tempo mais gratificante. Quando se pensa nessa inovação temos um olhar para uma estratégia, o que nós queremos alcançar e como. Além disso, precisamos ter um planejamento robusto da força de trabalho”.

A diretora da Kayma, Thais Gargantini, apresentou durante sua palestra o conceito de engajamento, colocando este como um passo muito importante para a implementação da metodologia. “Engajamento é um estado mental positivo, afetivo, motivacional, relacionado ao trabalho, caracterizado por vigor, dedicação e absorção. Quando a gente fala de vigor são altos níveis de energia e resiliência mental durante o trabalho. A disposição de investir esforços em tarefas e persistências mesmo diante de dificuldades. Quando a gente fala de emocional, tratamos de um senso de significado, entusiasmo e inspiração, orgulho e desafio. E quando a gente fala de absorção ou cognitivo pensamos em uma profunda concentração no trabalho. De uma maneira resumida, aquele colaborador que faz, pensa e se importa”.

Entre fatores trabalhados para a garantia do engajamento no setor público, estão: erros honestos, clareza estratégica (propósito), valorização, ambiente acolhedor, confiança e transparência, clareza da expectativa, segurança psicológica, capacidade de execução, autonomia e equidade, isso pode ser implementado a partir de uma série de fatores, como: diagnóstico, seleção de fatores, seleção de intervenções, implementação e medida dos resultados das intervenções.

Duas experiências que estão sendo implementadas no país foram apresentadas durante o evento: da Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz-Ce) e da Secretaria da Educação, do Esporte e da Cultura de Sergipe. A secretária da Fazenda, Fernanda Pacobahyba, relatou que o engajamento já vinha sendo trabalhado no órgão desde 2019, mas de forma empírica, e o quanto a oportunidade de trabalhar com um modelo estruturado foi oportuna para a instituição. O superintendente executivo da Secretaria de Sergipe, Ricardo Santana, relata a preocupação em manter o foco no aluno para poder desdobrar as ações de engajamento e a necessidade de se ter uma estrutura adequada para conduzir os processos. O painel de apresentação dos casos foi mediado pela coordenadora geral do Íris, Jessika Moreira, e a gestora de projetos do Instituto Gesto, Camila Nonaka.