Programa “HRSC na Comunidade” qualifica profissionais que atuam no atendimento a pacientes em domicílio

7 de outubro de 2022 - 16:09 # # # # # # #

Isabelle Azevedo - Ascom HRSC - Texto e Fotos

Evento promoveu, nesta semana, troca de experiências entre as equipes multiprofissionais municipais de Quixadá e Quixeramobim e a do HRSC

O Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), vinculado à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e gerido pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), promoveu nesta semana, no auditório da unidade, o I Networking HRSC na Comunidade. Com o tema O cuidado em domicílio: experiências e contribuições, o evento realizou uma troca de experiências entre as equipes multiprofissionais municipais de Quixadá e Quixeramobim e a do HRSC.

Os trabalhadores da atenção básica acompanharam palestras e discussões sobre a atuação da fisioterapia no pós-alta hospitalar, as estratégias para melhorar a qualidade de vida após saída do paciente da unidade, as formas de identificação precoce da disfagia, as vias alternativas de alimentação, a reabilitação psicológica após a internação e os cuidados gerais de enfermagem com a sonda GTT.

“Nosso intuito é fortalecer o atendimento e proporcionar a melhor entrega para os nossos pacientes no pós-alta. Foi fundamental a adesão por parte dos profissionais aos debates, sendo um evento bastante produtivo e com alcance de nossos objetivos”, pontua a coordenadora do programa HRSC na Comunidade, Janina Falcão.

Para a coordenadora do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) de Quixadá, Felizabela Salvino, “o evento foi importante para esclarecer dúvidas, e ensinar métodos para que possamos realizar no domicílio quando não há recursos, até mesmo para que o paciente se aproprie do seu autocuidado, e o cuidador também, para que ele tenha essa visão sempre de que o importante é facilitar e ajudar o paciente a se autocuidar”, avalia.

Parcerias

A coordenadora do SAD/Nasf de Quixadá, Felizabela Salvino, explica que o evento mostrou que o hospital está aberto para tirar dúvidas e fazer sugestões. “Parcerias que vão deixar o programa SAD/Nasf e os programas regionais mais empoderados com o cuidado ao idoso, do paciente acamado que tem problemas com AVC, doenças crônicas e afins. É um programa super importante e de uma riqueza inimaginável”, avalia.

Já para o coordenador-geral de Enfermagem do HRSC, Daniel Rodrigues, ouvir os representantes da rede é fundamental para fortalecer e fazer ajustes na alta hospitalar. “O programa HRSC na Comunidade traz muito essa troca de conhecimentos. Desde a promoção até esse cuidado em domicílio. É muito importante fazer parte da rede e também contribuir, porque não é só apenas dividir conhecimento, é melhorar o processo hospitalar baseado na escuta“.

Segundo a coordenadora de Enfermagem da unidade de AVC do equipamento estadual, Mara Cibelly Pinheiro, a atenção básica é fundamental para o consolidar as linhas de cuidado do HRSC. “Esse monitoramento pós-AVC representa uma importante estratégia de continuidade do cuidado, como tentativa de qualificar o seguimento terapêutico após a alta hospitalar, bem como a identificação precoce dos sintomas da condição, dando agilidade no atendimento, pois, no AVC, o tempo faz toda diferença”, ressalta.

HRSC na Comunidade

O programa teve início em 2020, com o objetivo de ampliar a integralidade entre os níveis de complexidade e promover ações de saúde para a população de referência a partir das necessidades identificadas. Além disso, a iniciativa busca realizar atividades de promoção e prevenção em saúde e divulgar as linhas de cuidado do HRSC. “Muitos pacientes que deram entrada na Unidade de AVC do HRSC estão em seus domicílios, muitos deles com sequelas e necessitando de reabilitação”, justifica a coordenadora Janina Falcão.

Para 2023, a ideia é que as atividades educativas junto à rede de saúde sejam periódicas. “Nosso intuito é atingirmos 90% dos profissionais médicos e enfermeiros da atenção secundária na detecção precoce dos sinais do AVC e 90% de profissionais enfermeiros da atenção primária na prevenção de quedas”, projeta a coordenadora.