Adolescente realiza provas do Enem/PPL e sonha em ser professor de Física

10 de janeiro de 2023 - 17:07 # # # #

Marconi Alves - Ascom Seas - Texto
George Braga - Arquivo Ascom Seas - Foto

Uma hora antes de iniciar as provas no Centro Socioeducativo Passaré, o jovem faz as suas orações para ter um bom desempenho no Enem/PPL 2022. Diz que aproveitou bastante as aulas ministradas pelos professores dentro da unidade e sonha em transformar a sua vida, caso venha ser aprovado. A escolha do curso de Física se deu pelo fato de gostar muito da disciplina e almeja ministrar aulas e se capacitar ainda mais. “Todos têm um sonho. Esse é o meu grande objetivo. Quero sempre acertar, fazer o melhor, ajudando outras pessoas. Nunca desisti de todos os meus sonhos”, conta o jovem.

Dos 154 adolescentes e/ou jovens em privação de liberdade do Sistema Socioeducativo do Ceará inscritos no Enem/PPL 2022, 97 participaram, nesta terça-feira (10), do primeiro dia do exame nas unidades socioeducativas – sendo 79 da Capital e 18 do Interior do Estado.

Foi aplicado o questionário socioeconômico, a partir das 12h30, e uma hora depois, a realização das provas de Linguagens, Ciências Humanas e Redação. Apenas quatro centros socioeducativos não fizeram inscrições porque não contam com adolescentes que atinjam o perfil para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Nesta quarta-feira (11), serão aplicadas as provas de Ciências da Natureza (Química, Física e Biologia, bem como Matemática e suas tecnologias). O resultado geral do Enem pelo Inep está previsto para ser publicado a partir do dia 13 de fevereiro de 2023, na Página do Participante. Para a consulta, será necessário informar CPF e senha cadastrados.

Mudança de perfil

Em 2021, foram inscritos apenas 56 adolescentes. Os números atuais (97 participantes) são comemorados pela assessora do eixo escolarização da Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo (Seas), Maria Aparecida Nazaré da Costa. Ela destaca o nível de escolarização e a mudança de perfil. “Hoje temos bem menos adolescentes em nível de anos iniciais (Ensino Fundamental e Letramento/Alfabetização) e um considerável aumento no número de adolescentes no Ensino Médio nos centros socioeducativos do Estado. Avançamos muito nesse sentido”, pontua Aparecida.