No HRN, primeira captação de múltiplos órgãos e tecidos do ano beneficia até cinco pessoas
8 de fevereiro de 2023 - 11:54 #Doação de órgãos e tecidos #Hospital Regional Norte #HRN #Sesa
Teresa Fernandes - Ascom HRN
Foram recolhidos um fígado, dois rins e duas córneas
O Hospital Regional Norte (HRN), vinculado à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), realizou sua primeira captação de múltiplos órgãos e tecidos. A doação, feita no último dia 25 de janeiro, beneficiou até cinco pessoas com um fígado, dois rins e duas córneas. No dia 5 do mês passado, o Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), em Quixeramobim, registrou a primeira captação da Rede Sesa no Interior.
O procedimento no HRN foi feito pela equipe da Central de Transplantes de Fortaleza e pelo Banco de Olhos do Ceará (unidade de Sobral). A Central Estadual de Transplantes é o setor responsável pelo direcionamento dos órgãos e tecidos doados.
De acordo com o coordenador médico da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do HRN, Francisco Olon Leite Júnior, o processo de sensibilização para o gesto solidário ocorre desde a chegada de um possível doador à unidade.
“O acolhimento dá resultado quando é feito da mesma forma para todos aqueles que chegam graves ao hospital. Quando o paciente e sua família são bem recebidos na Emergência, isso reflete diretamente na decisão dos familiares”, ressalta o profissional, também membro da Comissão de Doação e Transplantes da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib).
Critérios
A doação de órgãos e tecidos é feita por qualquer pessoa com morte encefálica e diante da autorização da família, conforme a resolução nº 2.173/17 do Conselho Federal de Medicina. Pacientes com câncer e HIV, por exemplo, não estão aptos ao procedimento. O diagnóstico deve ser feito por dois médicos certificados, além de um exame complementar – no HRN, um eletroencefalograma.
“O HRN, via CIHDOTT, acompanha esse processo de diagnóstico de morte encefálica para dar uma resposta mais rápida à família e, assim, proporcionar uma nova chance para quem está aguardando na fila do SUS [Sistema Único de Saúde] por órgãos e tecidos para sobreviver. A decisão também deixa um legado do doador”, afirma Diego Pinheiro, coordenador de Enfermagem das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) Adulto 1 e 2 e membro da Cihdott.
A Comissão é formada por equipe multiprofissional com enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, médicos da Emergência e da UTI. Serviços secundários de Imagem e Laboratório auxiliam o grupo.