Mães de bebês internados no HGCC participam de oficina terapêutica com tema de Carnaval

15 de fevereiro de 2023 - 16:59 # # # #

Wescley Jorge - HGCC - Texto
Thiago Freitas - Foto

Atividades buscam reduzir ansiedade e estresse decorrentes da preocupação com os pequenos e da rotina hospitalar

Fitas coloridas, lãs e tecidos diversos se espalham pela mesa do setor de Acolhimento Materno, no Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC). A sala, decorada com artigos de Carnaval, dá o tom de alegria e propicia um ambiente harmônico para a realização da oficina terapêutica para confecção de adornos temáticos. Na véspera da festividade, mães que acompanham bebês internados na Unidade Neonatal produzem tiaras, colares, enfeites de cabelo, dentre outros itens.

“Um dos objetivos é mergulhar no fazer terapêutico para que seja gerado um bem-estar global, com diminuição da ansiedade, dos medos, do estresse e do cansaço do dia a dia”, afirma a terapeuta ocupacional Cláudia Hemerita.

Atividades como essas são constantes na unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Os benefícios, segundo Hemerita, são muitos. “Estimula o aumento de endorfina e de prolactina, favorecendo a produção do leite humano. Em contato com a mãe e recebendo o alimento, o recém-nascido tem o tempo de internação reduzido, podendo ir mais cedo para casa”, diz a profissional.

As oficinas também são uma oportunidade para as mulheres dividirem histórias e experiências. Enquanto desenvolvem habilidades artesanais, o momento alivia o estresse decorrente da rotina hospitalar.

Aprender algo novo

Gabriele Nascimento dos Santos (à esquerda), de 20 anos, afirma estar feliz por participar da atividade. Mãe de Maria Sofia, nascida em 31 de dezembro de 2022 e internada até então na UTI Neonatal, a jovem diz que o exercício ajuda a renovar as forças. “Eu gosto muito de fazer isso porque a gente se distrai, fica melhor. Na UTI, com os nossos filhos, é muita emoção. A gente traz [as angústias] para cá e conta umas para as outras sobre os pequenos. A gente fica mais leve”, pontua.

Lucivannia Ferreira Lima, de 29 anos, compartilha do mesmo sentimento. Residente em Aracati, ela vai todos os dias ao hospital para acompanhar de perto os cuidados com o filho, nascido no último sábado (11). “Quando a gente chega aqui, começa a conversar, a fazer essa oficina, e vai relaxando. A cabeça vai acalmando, e isso é muito importante. É uma satisfação”, avalia a dona de casa.

São 26 mães acompanhadas pelo Acolhimento Materno. “Com as oficinas, elas aprendem algo novo e transformam o conhecimento em uma atividade extra, de geração de renda. Algumas, inclusive, já têm encomendas”, observa Cláudia Hemerita.