Grupo de Contigência se reúne para avaliar primeiro mês da quadra chuvosa e as reservas hídricas

3 de março de 2023 - 16:49 # # # # #

Marina Filgueiras - Ascom SRH - Texto

O Grupo é composto por todos os órgãos do Sistema Hídrico do Ceará – Secretaria dos Recursos Hídricos, Cogerh, Sohidra, Funceme, Cagece e Defesa Civil Estadual

O grupo de Contingência – colegiado interinstitucional que monitora e a situação hídrica dos municípios cearenses e adota medidas para mitigar os efeitos da estiagem – se reuniu, nesta sexta-feira (3), para fazer uma avaliação do primeiro mês da quadra chuvosa no Ceará e das reservas hídricas de todas as regiões do Estado. O abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza atualmente caminha em relativa tranquilidade, devido a boa recarga dos açudes que compõem a RMF, que chegaram a 100%.

Os 157 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) encerraram o mês de fevereiro com 31,2% de reserva hídrica, a melhor marca para o mês desde 2013, ano que atingiu 42% de água acumulada nos açudes ao final do mês de fevereiro. O grupo avalia que é preciso esperar a finalização da quadra chuvosa para fazer uma avaliação mais precisa de aporte hídrico, água acumulada das chuvas nos açudes.

O primeiro mês da quadra chuvosa terminou com cinco açudes sangrando (Muquém, Valério, Germinal, Tijuquinha e Rosário) e com os dois maiores açudes do Estado, Castanhão e Orós, dobrando de volume em relação ao mesmo período do ano passado. “O atual cenário nos permite uma confortabilidade maior, porém não podemos esquecer que as chuvas não são uniformes e que essa não é a realidade de todas as regiões do Ceará, então, o Grupo de Contingência serve para garantir a segurança hídrica dessas regiões que não tiveram o aporte de água esperado na quadra passada e neste momento se encontra em situação de alerta”, explicou o secretário executivo de Planejamento e Gestão Interna da SRH, Ramon Rodrigues.

Os municípios estudados pelo grupo, de forma mais criteriosa e especial, são: Boa Viagem, Alto Santo, Itatira, Monsenhor Tabosa, Pedra Branca e Tauá, todos de regiões com os menores índices de chuva e menos aportes hídricos.

O presidente da Cogerh, João Lúcio Farias, explica a importância da continuidade das reuniões, mesmo nos períodos chuvosos. “As nossas reservas hídricas variam de bacia para bacia. As chuvas no Ceará não são regulares, apresentando situações distintas. Hoje, temos regiões em situação bastante confortável, e outras em situação de alerta. É sobre essas regiões que nos debruçamos”.