Ceará Sem Fome e agricultura familiar são discutidos no 4º Idace Debate

16 de junho de 2023 - 10:20 # # # #

Júlia Lopes - Ascom Idace

Programação aconteceu nesta quinta-feira (15) com a presença da primeira-dama do Ceará, Lia de Freitas. Maria de Jesus e Rosângela Moura compuseram a mesa, com a coordenação do superintendente do Idace, João Alfredo

Garantir alimento para a população cearense é o objetivo do Programa Ceará Sem Fome, discutido no 4º Idace Debate. Lia Freitas, coordenadora do Programa e primeira-dama do Estado, detalhou como ele vai impactar na vida dos cearenses. “São mais de 40 mil famílias e mais de 200 mil pessoas beneficiadas”.

Outra ação importante do Governo do Ceará será a criação da Rede de Unidades Sociais Produtoras de Refeições, que vai ofertar, diariamente, refeições para 100 mil pessoas em Fortaleza e cidades do interior do estado. A coordenadora imagina que estas unidades também serão centros de convivência e troca entre os beneficiados.

“O combate à fome só é possível com reforma agrária”, defendeu Maria de Jesus, que é da coordenação nacional do MST. Ela destacou ainda que a fome é uma condição social: “Neste contexto social, nos períodos alternados de seca e inverno, somente o homem e a mulher do campo passam fome”, afirmou.

Dentre as várias ações anunciadas pelo governo estadual para combater a fome no Ceará, Maria de Jesus sugeriu a criação de usinas de energia solar em comunidades rurais de modo a garantir o fornecimento de energia para as vilas, bem como para a utilização na irrigação de plantio de alimentos.

Maria de Jesus entende que é chegada a hora de desenvolver a cultura da agroecologia na sociedade cearense pelos inúmeros benefícios que ela pode trazer para a sobrevivência da humanidade e a defesa do meio ambiente. Como pontapé inicial, sugeriu colocar a agroecologia na grade curricular das escolas urbanas e rurais.

A secretária de Política Agrária da Fetraece, Rosângela Moura, disse que é sempre triste falar de fome, mas “o momento é de alegria porque temos agora a certeza de uma política de combate à fome no Ceará”. É importante, no seu entendimento, que o camponês e a camponesa não sejam apenas “beneficiários, mas também fornecedores” de alimentos. Essa “transformação é fundamental”, enfatizou. Ela frisou, ainda, ser necessário inserir no programa, “mais programas de renda, mais assistência técnica, mais tecnologia”.