Escola antirracista: Seir participa de encontro da Seduc para equidade racial na rede de ensino

26 de junho de 2023 - 17:16 # # # # #

Ascom Seir

Para a promoção de um ensino antirracista e gestão voltada para a equidade racial, a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) convidou a Secretaria da Igualdade Racial (Seir) para o seminário interno que abordou a temática da: “Educação para as Relações Étnico-Racias e Semana da Consciência Negra”. O encontro reuniu técnicos da Seduc, da Secretaria Executiva do Ensino Médio Profissional e da Secretaria da Equidade, Direitos Humanos e Protagonismo Estudantil. Também participaram integrantes da Secretaria da Educação do Espírito Santo (Seduc-ES), da gerência de educação do campo quilombola e indígena.

O secretário executivo Helder Nogueira, de Equidade, Direitos Humanos, Educação Complementar e Protagonismo Estudantil da Seduc, falou sobre a importância de promover a educação antirracista, e que o seminário agrega valor à nova estruturação na administração e na educação para os povos e comunidades tradicionais. “Bons resultados se constroem com equidade, com destaque para a equidade étnico-racial. Caminhar juntos e construir a cultura de educação para a equidade racial e inclusiva, que olhe para as diferenças que tanto enriquecem as nossas escolas. É fundamental ter mecanismos e boas práticas de gestão para o trabalho em rede”, disse Helder Nogueira.

A secretária da Igualdade Racial, Zelma Madeira, que também é professora, falou dos múltiplos desafios que crianças e jovens negros e negras enfrentam no ambiente escolar e fora dele. Zelma Madeira falou sobre o racismo como um dos problemas que afastam alunos negros e negras da escola e como a desigualdade racial potencializa o racismo estrutural, a vulnerabilidade social da população negra, o aumento da violência, entre outros problemas.

Escola sem racismo

Para a secretária da Igualdade Racial, é super importante que o combate ao racismo e a equidade racial sejam temas debatidos nas escolas. “Todas as vezes em que a Seduc me chama para fazer uma fala e participar desses encontros, eu venho. Eu acho importante, pois é aqui, com a educação, no sentido amplo, que nós podemos ter uma mudança na nossa estrutura, uma mobilidade social”, disse.

Em sua contribuição para o seminário, Zelma Madeira reforçou que, a obtenção de dados que levam em consideração a realidade das crianças e da juventude negra, ajudam a construir panoramas para elaborar estratégias e desenvolvimento de políticas e ações para a igualdade racial. “Na educação, é necessário a elaboração e validação dos dados, a partir de uma leitura de realidade e entender que a nossa realidade é racializada. Significa que, há uma distribuição de benefícios e desvantagens entre os grupos étnicos. Então, não tem mais como adiar essa discussão de uma educação a partir de uma realidade. Com esperança, nós acreditamos que possamos completar esta educação verdadeiramente antirracista considerando os grupos étnicos que estão em desvantagem na realidade brasileira e cearense.