HRN encerra ciclo do Projeto Lean nas Emergências com redução de permanência de pacientes e alta precoce

18 de julho de 2023 - 14:18 # # # #

Teresa Fernandes - Ascom HRN - Texto e fotos

O Hospital Regional Norte (HRN) encerrou, na última sexta-feira (14), o ciclo de participação no Projeto Lean nas Emergências, iniciativa do Ministério da Saúde por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), desenvolvido pelo Hospital Sírio-Libanês. O objetivo é reduzir a superlotação nas urgências e emergências de hospitais públicos e filantrópicos do Brasil. O hospital da Secretaria da Saúde (Sesa) passou por seis meses de consultorias presenciais que se iniciaram em junho e seguiram até novembro do ano passado. Nos primeiros seis meses de 2023, o acompanhamento seguiu de forma remota pelos consultores.

Na emergência adulto, um indicador importante foi a melhoria em 11% na tomada de decisão. O resultado mostra que, de forma assertiva, a equipe médica conseguiu melhorar a previsibilidade de alta e avaliar se os pacientes precisariam ou não de internação em outros serviços como as clínicas ou as UTIs. “A tomada de decisão em tempo oportuno é um indicador estratégico e prioritário na emergência”, explica a coordenadora de enfermagem adulto – eixo azul, Gisele Sanford.

Encerramento do ciclo do Lean nas Emergências do HRN contou com gestores do hospital e consultores do Projeto

Outro indicador estratégico avaliado foi LOS, sigla em inglês para “Length of Stay”, que mede o tempo de permanência do paciente no pronto socorro. O LOS sem internação, que abrange os pacientes que tiveram alta diretamente da emergência, teve uma redução de 203 minutos, passando de 860 minutos para 657 minutos, na comparação de junho do ano passado com o mesmo período deste ano. Já o LOS com internação, quando os pacientes vão para outros setores do hospital, alcançou redução de 2.534 minutos, indo de 5.604 para 3070 minutos, na comparação dos dois meses.

O número de pacientes na emergência acima de 24h alcançou uma redução média mensal de 26 pacientes no pronto-socorro, passando de 84 em junho de 2022 para 58 no mesmo mês deste ano. Entre os avanços que permitiram os melhores resultados estão a melhor regulação interna de pacientes.

Outro indicador foi o tempo médio de permanência geral do paciente no hospital, que alcançou redução de um dia. A média passou de 10,08 em 2022 para 9,33 até junho de 2023, com melhores resultados para setores como Clínica Médica I e Unidade de Cuidados Especiais (UCE), que reduziram em 3 dias o tempo médio de permanência de pacientes.

Projeto trouxe indicadores positivos como redução de permanência de pacientes e alta precoce

A assessora técnica da qualidade do HRN, Jamila Aguiar, explica que após um diagnóstico do HRN, durante as visitas de consultoria foram implantadas estratégias de otimização de fluxos, gestão de leitos e tomada de decisão que começaram pela emergência adulto e seguiram para as clínicas e UTIs. “O projeto é um impulso, mas o nosso compromisso é com a melhoria contínua”, afirma.

O diretor-geral do HRN, Carlos Hilton Albuquerque, ressalta que a proposta é que o Lean se torne uma ferramenta institucional. “Os resultados do Lean nas emergências mostram conquistas importantes. Nossa proposta é de que o Lean se transforme de um programa em uma política de gestão do hospital e que possa se expandir para outros eixos do hospital”, avalia.

O médico consultor do Hospital Sírio-Libanês, Marcus Vinícius Melo de Andrade, elogiou a atuação do HRN no projeto e sugeriu que os avanços devem continuar. “Ao avaliar a evolução do hospital em um ano do projeto ficamos bastante satisfeitos. O desafio agora é continuar, evoluir e, avaliando os indicadores alcançados, traçar novas metas”.

O especialista em processos do Hospital Sírio-Libanês, José Roberto Rogério, ressalta os progressos do hospital e avalia que ainda é preciso avançar na previsão de alta dos pacientes. “Na avaliação médica diária, a priorização deve ser para os pacientes graves e para aqueles que têm previsão de alta”, avalia.