Dia Mundial de Prevenção em Afogamentos: CBMCE alerta para cuidados ao entrar na água
25 de julho de 2023 - 15:32 #Afogamentos #alerta #Cuidados #Dia Mundial #prevenção
Ascom CBMCE - Texto
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) já realizou o resgate de 287 banhistas em situação de afogamento neste ano
“Cuidado, menino, o mar não tem cabelo”. A frase soa tão comum, que ecoa em nossas memórias mais infantis e serve de mote para este dia 25 de julho. No Dia Mundial de Prevenção em Afogamentos, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) usa da informação para lançar um alerta sobre uma das principais causas de mortes não-naturais entre brasileiros com idade entre 0 e 24 anos, o afogamento.
Graças às campanhas de prevenção realizadas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE), até a primeira quinzena de julho, os guardas-vidas da corporação já realizaram o resgate de 287 banhistas em situação de afogamento. Em 2022, foram salvos 644 banhistas e em 2021 e 2020, respectivamente, 526 e 563 vidas. Ainda assim, a corporação alerta para o consumo da bebida alcoólica ser uma das causas de afogamento, principalmente para o público masculino no Estado do Ceará.
“O fato do número de homens envolvidos em situações de afogamentos não é uma exclusividade do nosso Estado. De acordo com a Sobrasa (Sociedade Brasileira de Socorro Aquático), os homens morrem 7,6 vezes mais que as mulheres em decorrência desse tipo de ocorrência e o principal fator é o uso de bebida alcoólica, antes ou durante a diversão na água. Também há uma questão social, com os homens super dimensionando a própria força em relação à natureza”, alerta o comandante da 1ª Companhia de Salvamento Marítimo do Batalhão de Busca e Salvamento (1ª CSMAR/BBS) do CBMCE, capitão Rodrigo Monteiro.
Água no umbigo, sinal de perigo
Por outro lado, o modo de prevenir esse tipo de ocorrência é bem fácil. Além da orientação de nunca ingerir álcool, ou outras drogas, antes de entrar na água e nunca desafiar os próprios limites, é importante que banhistas prefiram áreas monitoradas pelos guarda-vidas do CBMCE e respeitem os avisos de segurança fixados em locais públicos, como as praias. Embora aprender a nadar seja essencial, também é importante nunca nadar sozinho e sempre utilizar um colete salva-vidas apropriado, conforme idade e tamanho, durante a prática de esportes aquáticos ou tráfico em embarcações.
Por fim, existem cuidados específicos para cada tipo de local. As lagoas, por serem de água doce, possuem uma densidade menor, onde afundamos com uma maior facilidade, já as praias têm entre seus principais perigos as correntes de retorno, enquanto que os balneários têm entre os seus perigos a falsa sensação de tranquilidade. “Caso seja atraído por uma corrente de retorno, procure manter-se tranquilo e nadar de modo paralelo à praia até o banco de areia”, orienta o comandante da 2ª Companhia de Salvamento Marítimo do Batalhão de Busca e Salvamento (2ª CSMAR/BBS), o 1º Tenente Carlos Henrique Ehrich Vasques Ramos.
Outras considerações em relação às atividades aquáticas é em relação aos banhos em lagoas, rios e represas. Embora as águas costumam ser mais tranquilas, elas possuem uma aparência mais escura, o que esconde a real profundidade no nível d´água, e não possuem um fundo plano. Os banhos em lagoas, barragens, reservatórios e rios também incluem riscos com a presença de pedras, galhos e outros obstáculos, onde o banhista poderá ficar preciso, ou se machucar no mergulho. “Além disso, a água doce dispõe de uma densidade menor, ou seja, afunda-se com mais facilidade”, alerta o 1o Tenente Carlos Henrique.
Atenção, crianças!
Não importa o local: o cuidado com as crianças em ambiente aquático é redobrado. A primeira recomendação do Corpo de Bombeiros é não permitir que as crianças se afastem a uma distância superior a um metro e sempre estejam no campo de visão de, pelo menos, um adulto. Mesmo em água rasa, como ocorre nas chamadas “piscininhas” de praia, a variação das marés e as correntes de retornos ocasionam riscos redobrados aos pequenos. Além disso, águas mais escuras, mesmo com pouca ou nenhuma onda, podem ocultar uma grande profundidade.