Dia Nacional do Escritor: Aesp celebra data com homenagem a escritores do quadro de colaboradores

25 de julho de 2023 - 17:58 # # # #

Ascom Aesp - Texto e foto

A Academia Estadual da Segurança Pública (Aesp) presta uma homenagem, nesta terça-feira (25), no Dia Nacional do Escritor, aos agentes de segurança que fazem parte do quadro de colaboradores e que deixaram suas contribuições por meio de suas obras literárias.

“Policiamento comunitário, neoliberalismo e educação: uma abordagem genealógica” é o título do livro escrito pelo capitão Anderson Duarte Barboza, da Polícia Militar do Ceará. Ele é mestre e doutor em Educação Brasileira pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira da Universidade Federal do Ceará (UFC). A obra é fruto de dissertação do mestrado que traz uma abordagem original sobre o policiamento comunitário.

“Eu sempre gostei de aprender e ensinar. Então, a publicação de um livro – como também de artigos científicos – é uma forma de tornar esses ensinamentos, essa multiplicação de conhecimento mais perene. Ou seja, não vai depender só de mim. Quando eu não estiver mais aqui, o livro permanecerá como uma herança, um legado para segurança pública”, conta o oficial.

Com um vasto conhecimento no âmbito de direção veicular, o orientador da Célula de Práticas Educacionais da Aesp, o tenente-coronel PMCE Carlo Rômulo Matos Barreto, é o autor do primeiro manual técnico voltado para essa área na segurança pública do Ceará. O “Manual de direção veicular aplicada à atividade policial militar” é resultado de muitas pesquisas do oficial e surgiu como uma ferramenta de auxílio aos agentes de segurança.

“Eu tenho muita vontade de publicar a segunda edição do livro, porque é um livro que trata de legislação de trânsito. A legislação de trânsito é mutante, muda a cada resolução publicada. Então, muita coisa já está atrasada. Muitas soluções já foram modificadas. A própria tecnologia dos veículos hoje é outra. Tem a necessidade de não somente ter uma segunda edição, mas de ter várias edições, de estar em constante atualização”, disse o orientador da  Célula de Práticas Educacionais (Ceprae).

Filho de um jornalista paraibano, a escrita sempre esteve presente na vida do ouvidor da Aesp, o delegado Demóstenes Cartaxo. Autor do livro “O delegado de polícia como membro das carreiras jurídicas: aspectos positivos para a excelência da persecução penal”, ele não só deixou sua contribuição literária para a segurança pública com a sua obra como também conseguiu ser parte da decisão de reconhecer o delegado de polícia como integrante das carreiras jurídicas para todos os fins de direito.

“Essa é uma prova cabal de que um estudo, uma pesquisa bem argumentada e forte, pode se transformar em uma legislação, como foi o caso desse livro. O livro foi uma gota que entrou na conta também, né? Então, hoje os delegados de polícia do Estado do Ceará são efetivamente reconhecidos como carreira jurídica de Estado, o que traz uma segurança para o profissional. E aí, trazendo uma segurança e valorização do profissional, há também uma valorização para toda percepção penal do sistema de segurança pública e para a sociedade”, conta Demóstenes.

A Aesp também tem, neste time de grandes escritores, um poeta de berço, que começou a dar seus primeiros passos na escrita aos sete anos de idade, escrevendo poemas: o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará e assessor especial da Aesp, Ricardo Catanho. O oficial é autor de seis livros, publicou o primeiro em 2004, intitulado “Rascunhos Poéticos”. Com um amplo interesse em diversas áreas do conhecimento, tem uma grande paixão por leituras na esfera do Direito e da Geopolítica. Já na escrita, além de poemas, gosta de escrever sobre gestão, direito e educação.

Em suas obras poéticas, uma característica peculiar chama a atenção de seus leitores: o horário em que suas poesias foram escritas. Essa é sua marca como escritor. “A escrita significa um libertar, um desenvolver, um aprimoramento como um todo, um prazer propriamente dito, tendo em vista que eu realmente sempre gostei de ler, e a leitura e a escrita são universos em conjunto. Sempre fiz isso por puro prazer, por gostar, por me sentir mais completo, lendo e escrevendo de diferentes maneiras e como eu disse em diferentes áreas de atuação, até porque eu gosto de me inteirar de assuntos dos mais variados”, conta Catanho.

O diretor-geral da Aesp, delegado Leonardo Barreto, também deixou sua contribuição para a literatura e para as pesquisas em políticas públicas na segurança do Estado do Ceará. Autor do livro “Crime e Cidade: Chacina das Cajazeiras, Investigação Policial e Direitos Humanos”, traz em sua obra literária uma reflexão sobre políticas públicas eficazes no combate à violência urbana. A obra tem como objetivo deixar uma mensagem no tecido social, de ter um olhar voltado para as pessoas em situação de vulnerabilidade. Entusiasta da educação e do magistério, Leonardo Barreto acredita que compartilhar seu conhecimento através da escrita é a melhor forma de contribuir para um futuro melhor e uma sociedade mais justa.

O diretor da Aesp também ressalta que devemos escolher bem as palavras que escrevemos porque elas podem definir os próximos passos de um futuro próximo. “Eu fiz a doação do meu livro para a biblioteca da Aesp em maio de 2022. Na dedicatória, desejei que esta casa de ensino sempre fosse norteada pela humanidade, eficiência e credibilidade. Naquele momento, aqueles eram os meus votos para Aesp. Quis o destino que, pouco mais de um ano depois, eu estivesse aqui ocupando esse cargo na direção-geral, e esses votos se transformaram nas diretrizes da nossa gestão. Então, fico muito feliz, de ver que hoje eu posso conduzir a Aesp pautado nesses princípios”, finaliza o diretor.