As alegrias e os desafios do trabalho compartilhado entre pais e filhos na Ceasa

8 de agosto de 2023 - 14:43 # # # #

Helena Demes - Ascom Ceasa - Texto
Epitácio Moura - Fotos

O trabalho na Ceasa-CE começa ainda na madrugada, quando muita gente ainda está dormindo, e segue até 11h ou 12h. No entanto, todos amam o que fazem, ainda mais porque trabalham ao lado dos filhos e estes, por outro lado, aprendem todos os dias ao lado dos seus pais.

Muitas são as gerações que passam o ofício de pai para filho no entreposto da Ceasa em Maracanaú. É o caso, por exemplo, do permissionário Geraldo Vanderlei Aguiar da Silva, que herdou o negócio do pai, Sebastião Argemiro da Silva, o Argemiro do Tomate, que se ainda estivesse na ativa, estaria com 42 anos de Ceasa. “Nosso negócio passou do meu pai para mim, que já estou com 35 anos de Ceasa, e hoje conto com a ajuda do meu filho Kauã” explica Geraldo.

Seu Geraldo conta que foi trabalhar com o pai na adolescência. “Ele começou vendendo duas, três caixas de tomate e se tornou conhecido no Brasil inteiro entre os anos 90 e 2000. Dei continuidade ao negócio e hoje vendemos em torno de 40 produtos, inclusive para grandes marcas de atacarejo. Nosso negócio vem atravessando gerações, pois meu filho veio trabalhar comigo na pandemia, gostou e ficou, mas está fazendo faculdade de Administração também. Sempre digo ao meu filho para estudar, pois o mercado é muito agressivo e evolui muito rápido”.

Geraldo Vanderlei Aguiar da Silva e o filho Antônio Kauã da Rocha

Antônio Kauã da Rocha, de 19 anos, filho do seu Geraldo, explica que foi trabalhar com o pai na intenção de ajudá-lo a ter mais qualidade de vida. “Como ele já vem há muitos anos trabalhando na madrugada, quero poupá-lo e ajudar nas questões burocráticas, como notas fiscais e relatórios. Hoje, ele tem mais qualidade de vida e nós também. Meu pai gosta mais das coisas no papel, é mais analógico, e eu sou mais digital. Quando vou digitar as informações no computador ele não gosta muito, mas aos poucos estamos mudando isso. Eu gosto demais de trabalhar com meu pai”.

José Valdemir Gomes da Silva, o Baxim, permissionário da Ceasa há 36 anos, tem os filhos Wlademir e Vandson Pires da Silva trabalhando com ele no frigorífico da família. A filha Jaqueline resolveu seguir a carreira de médica veterinária. Ele conta com muito orgulho que seus filhos são maravilhosos, além de profissionais exemplares. “Nunca tivemos problemas em trabalhar juntos, sempre respeitamos a opinião um do outro e por isso estamos juntos até hoje. Penso que se o filho não der certo para trabalhar com o pai, não dá certo com ninguém,” explica Baxim.

José Valdemir Gomes da Silva e os filhos Vandson e Wlademir Pires da Silva

Para Vandson Pires da Silva, trabalhar com o pai traz todo dia um aprendizado. “Meu pai tem muita história pra contar, muita experiência de vida, nos mostra o que é certo, o que é errado, adquirimos muito ensinamento com ele. Para mim, meu pai é um herói, por conta da história de vida dele,” destaca.

O permissionário José Robério Sousa da Silva está há 28 anos comercializando laranja, abacaxi, tangerina e abacate. Ele ganhou a companhia do filho Raylson Rodrigues Pereira da Silva, 21 anos, em 2020. “Meu filho terminou o 2º grau na pandemia e veio trabalhar comigo. Ele gostou, eu também e estamos trabalhando juntos até hoje. Pra mim é muito importante, pois é uma pessoa da minha extrema confiança, que sei que posso contar,” explica.

José Robério Sousa da Silva e o filho Raylson Rodrigues Pereira da Silva

Com 47 anos de Ceasa, o permissionário José Tavares, conhecido como “Zé Bocão”, comercializa todos os tipos de folhagens e tem há dez anos a companhia do filho Jardel Tavares da Silva em seu negócio. “Não temos nenhuma dificuldade em trabalharmos juntos, pois ele me ajuda e eu ajudo ele e sempre tem a confiança entre a gente,” destaca.

José Tavares com o filho Jardel Tavares da Silva

Jardel Tavares da Silva explica que trabalhar com o pai é muito bom, mas às vezes tem divergência de opinião por conta da diferença de geração, mas com diálogo dá tudo certo. Ele explica que já está pronto para substituir o pai nos negócios. “Meu pai já quer se aposentar, pois vai fazer 70 anos e como ele não teve infância, pois sempre precisou trabalhar, já está na hora de descansar, de curtir mais a vida,” diz.