Mostra oferta ciclo gratuito sobre cinematografias trans

30 de janeiro de 2024 - 12:36 # # # #

Ascom Dragão do Mar - Texto
Divulgação - Foto

O ciclo de conferências Cinematografias Trans é ofertado virtualmente pelo Cinema do Dragão, compondo a programação da 10ª Mostra Retroexpectativa

O Cinema do Dragão realiza até o dia 7 de fevereiro de 2024 a 10ª Mostra Retroexpectativa. A programação inclui o Ciclo gratuito “Cinematografias Trans”. Os encontros acontecerão remotamente entre 5 e 7 de fevereiro, das 10h às 12 horas. As inscrições estão abertas até 31 de janeiro, através de formulário online.

O Ciclo será conduzido pela atriz, roteirista, cineasta, preparadora de elenco, encenadora, dramaturga, pesquisadora doutoranda Noá Bonoba e abordará, em 3 encontros, personagens e cinematografia trans, além de questões trabalhistas no audiovisual. A formação terá 6 horas-aulas, com direito a certificação para os participantes que tiverem o mínimo de 75% de participação nos encontros. As vagas serão ocupadas mediante indicação de interesse dos candidatos que tenham idade acima de 16 anos e que residem no Ceará.

Sobre o Ciclo

Ao longo do Ciclo, acontece um debate acerca da redistribuição de acessos e políticas afirmativas radicais como estratégia de reparação histórica das ausências de pessoas trans e travestis na cinematografia brasileira e no mercado de trabalho audiovisual.

Serão 3 momentos de diálogo. No primeiro, serão abordadas personagens trans, realizando tanto um apanhado histórico com o mapeamento das repetições e dos estereótipos, propondo um debate acerca da criação de personagens trans interessantes. Já no segundo encontro serão debatidas questões trabalhistas, propondo revisões no mercado de trabalho e elaborando estratégias para uma ocupação trans e travesti dentro dos espaços hegemônicos, assim como maneiras de construir espaços mais seguros para nossos corpos e até mesmo oportunidades de gerência dos espaços de poder no audiovisual. No terceiro e último momento do Ciclo, o grupo se aprofundará no conceito de cinematografia trans, refletindo sobre o que constitui uma cinematografia trans e quais as estratégias que podem ser aprofundadas para a formação de um mercado audiovisual implicado na reestruturação necessária para que corpos trans possam existir e permanecer.

Noá Bonoba

Noá Bonoba é travesti, atriz, roteirista, cineasta, preparadora de elenco, encenadora, dramaturga, pesquisadora doutoranda no PPGCOM – UFC onde pesquisa Transgeneridade e Cinema. Mestra em Artes pelo PPGARTES-UFC, professora formada pelo curso de Licenciatura em Teatro do Instituto Federal do Ceará, curadora da Tomada LBT e do Pequenos Trabalhos não são Trabalhos Pequenos. Formada pela V Turma da Escola de Audiovisual da Vila das Artes e atuante em políticas públicas de redistribuição de acessos culturais para pessoas trans e travestis. Atualmente tem se interessado por obras artísticas que utilizam o hibridismo entre linguagens como suporte político da reelaboração planetária em curso.

No cinema, atuou nos filmes Cantos dos Ossos, de Jorge Polo e Petrus de Bairros, vencedor da Mostra Aurora do Festival de Cinema de Tiradentes; Elusão, de Tais Augusto, Panteras, de Breno Baptista e Estranho Caminho, de Guto Parente. Dirigiu também os filmes O mundo sem nós, Terra Ausente, Nebulosa e Lalabis. Seu primeiro longa-metragem: Iguaraguá, foi contemplado na categoria de Desenvolvimento de Roteiro de Longa- Metragem no Edital de Apoio ao Audiovisual – SECULTCE (2021) e está em fase de captação de recursos. No teatro atuou nas obras Jango Jezebel – onde estavam as travestis na ditadura?, Marlene – Dissecação do corpo do espetáculo, Notas de uma terra devastada e Outro País. Dirigiu as peças Tentativas contra a vida dela, Elefantes Famintos, Notas de uma terra devastada, Go Go Bruce e TextoTrúqui. Atualmente está escrevendo uma dramaturgia capitular sobre a precarização do artista cearense a ser desenvolvida em migração nômade (FORTALEZA-SÃO PAULO), tendo já estreado o primeiro texto Sandra, atualmente em etapa de circulação.

Mostra Retroexpectativa

Anualmente realizada desde a reinauguração do Cinema do Dragão em 2013, a Mostra Retroexpectativa apresenta ao público duas semanas de programação inédita.

Neste ano, a curadoria de filmes da Mostra foi elaborada por Fábio Rodrigues Filho, curador e programador do Cinema do Dragão, junto a Kênia Freitas, pesquisadora, crítica e curadora. A 10ª edição apresenta ao público mais de 75 filmes, dentre estes alguns destaque no circuito dos lançamentos de 2023, pré estreia de obras que serão lançadas neste ano, inéditas no circuito comercial em Fortaleza, e exibições de clássicos de diversas cinematografias. Haverá ainda as sessões comentadas, ciclos de palestras e a estreia da quarta faixa curatorial Transversal, que apresentará uma seleção de 20 filmes de curtas-metragens distribuídos em diferentes sessões.

Com coproduções de mais de 14 países (França/ Polônia/ Itália/ Sudão/ Palestina/ Senegal/ Japão/ Chile/ Argentina/ Portugal/ Estados Unidos), 22 filmes cearenses e 20 de diversas outras regiões do Brasil. Entre curtas e longas-metragens, além de dois programas de curtas: na faixa Clássicos, 13 filmes da cineasta Alice Guy Blaché e, na faixa Transversal, 4 curtas da cineasta palestina Larissa Sansour.

Serviço

Ciclo formativo “Cinematografias Trans”
Data: 05 a 07 de fevereiro
Horário: 10h às 12h
Ministrante: Noá Bonoba
Local: Virtual
Vagas: de 20 a 30 pessoas
Inscrições até 31 de janeiro, via formulário.
Link do formulário  também presente no link da bio do Instagram do Cinema do Dragão