Mulheres no Ceará Sem Fome: uma vida pautada em atuar pelo direito à segurança alimentar dos cearenses

7 de março de 2024 - 13:11 # # # #

Aline Freires - Ascom Gab Primeira-dama - Texto
George Braga - Foto

A penúltima personagem é Regina Praciano, que trabalha na Secretaria da Proteção Social (SPS) e atuou como cabeça pensante na estruturação do Programa Ceará Sem Fome

Regina Praciano. O nome dela já é referência na história das lutas pela segurança alimentar dos cearenses. Querida por onde passa, ela é a quarta personagem da série “Mulheres no Ceará Sem Fome”, que aborda sobre as figuras femininas que fazem essa importante política pública estadual.

Como parte da Secretaria da Proteção Social (SPS), Regina Praciano é orientadora da Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado, um setor composto apenas por mulheres, todas sempre muito prestativas com os beneficiários que vão até a sede da pasta para receber seus cartões Ceará Sem Fome. Neste ano, essa importante frente do programa, que é executada pela SPS, teve seu número de beneficiários ampliado, passando de 43 mil famílias para 53 mil.

Assistente social de formação e mestre em Gestão de Planejamento de Políticas Públicas, Regina conta como iniciou os seus caminhos voltados a essa importante política. “Na minha trajetória, eu comecei em outra política, na política de assistência social. Depois, foi me dado esse desafio de trabalhar essa nova política de segurança alimentar e nutricional a partir do primeiro governo do presidente Lula, em 2003, quando passou a ser construída uma nova política e de se pensar um novo sistema, que é o Sisan, Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional”, conta.

Regina foi uma das mulheres, que ao lado da primeira-dama Lia de Freitas, iniciou a estruturação do Ceará Sem Fome na fase de transição entre os governos, no final de 2022, quando o programa ainda não tinha sequer um nome.

“Tivemos alguns retrocessos a partir de 2019. Vínhamos avançando, mas nesse período, a gente deu vários passos para trás, tanto em termos de participação, como o corte do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) , que foi extinto, como retrocesso da política, de orçamento e de programas que foram extintos. Então, foi realmente uma parada e isso nos fragilizou muito. Mas com o novo governo, tanto em nível Federal como Estadual, a gente criou ânimo, criou forças, e quando nosso governador, na campanha dele, assumiu como grande compromisso o combate à fome, nós criamos alma nova. Desde a transição, nós abraçamos essa luta”, destaca.

Como mulher que luta há anos para saciar a fome do povo cearense, Regina revela que a emoção de ver um programa da dimensão do Ceará Sem Fome acontecer de uma forma tão rápida, foi algo imensurável para todos os envolvidos. Ela comenta de uma data especial, quando no dia 15 de fevereiro de 2023, os deputados cearenses aprovaram a mensagem de lei que criava o programa.

“Quando esse programa foi aprovado por unanimidade na Assembleia, imagina a nossa emoção, a nossa felicidade. Porque para quem está na luta por políticas públicas há anos, e se consegue, num espaço curto de tempo, concretizar esse sonho de ver essa ação ser transformada em lei, uma lei para enfrentamento da fome, para combate da fome, a gente ficou muito feliz. Nós saímos de lá tarde da noite, quando veio a aprovação por unanimidade lá na Assembleia Legislativa. A gente chorou, emocionado mesmo ouvindo os debates e essa aprovação”, relembra.

Regina finaliza falando sobre um assunto importante, que é o reconhecimento da mulher e a paridade de gênero no Governo do Ceará. Este último ilustra uma ação concreta e de respeito a tantas profissionais que trabalham diuturnamente pelos cearenses.

“A gente vê a própria intenção do governador quando ele escolheu mulheres para serem gestoras das secretarias principais do governo. Tanto é que existe a paridade, 50% homens, 50% mulheres. Então, a gente vê esse compromisso, e nós enquanto mulheres envolvidas na política de segurança alimentar, destacamos que a figura feminina vem desde o envolvimento dela na produção do alimento. Estamos falando de 40% da mão de obra feminina na agricultura familiar. “Nós, enquanto mulheres, ficamos muito felizes de estar à frente dessa questão na cultura alimentar”, finaliza.