SAP transmite Clássico Rei para 500 internos em celebração ao avanço no trabalho de ressocialização
8 de abril de 2024 - 11:04 #Clássico Rei #SAP #UP Pacatuba
Natasha Ribeiro Bezerra - Ascom SAP - Texto
Pablo Pedraza - SAP - Fotos
Após atingir a marca de 500 internos artesãos beneficiados pelo projeto “Rede Artesã”, na Unidade Prisional Francisco Hélio Viana de Araújo (UP-Pacatuba), a Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP) promoveu, no último sábado (6), a transmissão do Clássico Rei que definiu o campeonato cearense para os internos participantes do projeto da unidade.
Em homenagem aos clubes, os internos artesãos fizeram os mascotes de amigurumis do Fortaleza e do Ceará, que são ícones conhecidos por todos os torcedores.
O artesanato é uma das principais atividades desenvolvidas para os internos no sistema prisional do Ceará. Ao todo, já foram confeccionadas 13 mil peças no projeto “Rede Artesã” na UP Pacatuba. O Crochê é a técnica principal trabalhada pelos internos. Para a produção dos artigos, todo o material usado é fornecido pelos próprios familiares. Além de aprenderem uma nova profissão, recebem o benefício da remição de pena e ajudam na renda familiar mesmo estando privados de liberdade.
Ao todo, são 1.300 internos artesãos em 11 unidades prisionais participantes do projeto. Atualmente, o artesanato já beneficia mais de 1.800 internos e internas em diferentes projetos realizados no sistema prisional do Ceará.
O secretário da SAP, Mauro Albuquerque, fala da importância da ação. “O mérito foi totalmente deles terem conquistado essa oportunidade de assistirem ao clássico rei. Acredito que essa ação traga mais resultados positivos, além de aumentar o número de internos interessados em participar dos projetos dentro da unidade. Essa iniciativa mostra que é possível ressocializar e transformar vidas através da educação, da cultura, da capacitação e do trabalho”, disse.
A diretora da Unidade Prisional Francisco Hélio Viana de Araújo (UP-Pacatuba), Lillian Ribeiro, comenta sobre a iniciativa. “Para nós policiais que trabalhamos e acreditamos na ressocialização, é muito gratificante ver os internos que estão assistindo o jogo, pois sabemos que cada um deles fez por merecer. Eles trabalharam e cumpriram com todas as regras da unidade. O futebol faz parte da cultura, é uma arte igual o artesanato, é uma paixão do cearense. Aqui é a prova que todos podem assistir unidos e com respeito, independente se torcer Ceará ou Fortaleza. A palavra que define o dia de hoje é gratidão. Não posso deixar de agradecer a toda a equipe da minha unidade e a todos que contribuíram para esse momento acontecer. A gente acredita no esporte, na cultura, e principalmente na união que essa iniciativa trouxe e que vai reverberar bom bastante tempo”, afirma.
O interno da Unidade Prisional Francisco Hélio Viana de Araújo (UP-Pacatuba) e torcedor do Ceará, Francisco de Lima, comemora a oportunidade de assistir o Clássico Rei. “Estou muito feliz e extremamente agradecido por este momento tão diferente dentro de um lugar como esse, muitas vezes tão privado de alegria e de emoções. Gostaria de saudar toda a direção e o secretário, Mauro Albuquerque, que prometeu que se houvesse o Clássico Rei na final, ele nos daria essa oportunidade de assistir. Cumpriu com a palavra. E pra fechar com chave de ouro, meu Ceará foi campeão”, concluiu.
O interno da Unidade Prisional Francisco Hélio Viana de Araújo (UP-Pacatuba) e torcedor do Fortaleza, Antônio Gustavo Menezes, agradece a oportunidade. “Essa ação significou muito para nós que tivemos a chance de participar e também para os outros internos que não conseguiram, pois reforça que com disciplina, querência e dedicação, eles também poderão conquistar esse benefício. Foi gratificante assistir o clássico rei depois de tanto tempo, parecia que estava presencialmente no estádio da tamanha emoção que senti. Mas hoje, todos nós aprendemos uma lição, que podemos participar de um lazer juntos, sem briga, sem discussão, em comunhão. Erramos, mas estamos cumprindo com nosso dever e também somos seres humanos. A ressocialização é o melhor caminho e estamos aprendendo isso”, atenta.