ZPE Ceará reúne academia e setores público e privado para discutir qualificação de mão de obra para o Hub de Hidrogênio Verde
30 de abril de 2024 - 10:49 #hidrogênio verde #HUB de Hidrogênio Verde #qualificação de mão de obra #ZPE Ceará
Ascom ZPE Ceará - Texto e Fotos
Lançado neste mês de abril, por iniciativa da ZPE Ceará, o Comitê de Desenvolvimento de Áreas de ZPE, uma iniciativa que visa aproximar os setores público e privado de temas centrais relacionados ao regime de ZPE no Estado, realizou, nesta segunda-feira (29), mais uma reunião de alinhamento. Em pauta, a qualificação de mão de obra local para atender as demandas dos grandes investimentos que estão chegando ao Ceará nos próximos anos, como as oportunidades advindas do Hub de Hidrogênio Verde do Complexo do Pecém.
Realizado na sede da ZPE Ceará, o encontro contou com a participação de representantes do Sesi/Senai; Prefeituras de Caucaia e de São Gonçalo do Amarante; Complexo do Pecém, Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Aecipp); e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), que apresentaram suas iniciativas de fomento à capacitação em áreas como energias renováveis e hidrogênio. Somente com o Hub de H2V, a estimativa do Complexo é duplicar a quantidade de empregos atualmente gerados na região, que é de 80 mil diretos e indiretos.
“A criação desse comitê tem o objetivo de ampliar a sinergia entre as entidades envolvidas no desenvolvimento da região do Complexo do Pecém, em especial nas áreas de ZPE. O principal propósito é gerar unidade entre todos os entes envolvidos nos investimentos que estão acontecendo e irão acontecer na região, gerando mais empregos e renda para a população local. Nesse contexto, pensar em qualificação, em capacitação de mão de obra, é fundamental para que os cearenses efetivamente aproveitem as oportunidades que estão chegando com a economia verde”, destaca o presidente da ZPE Ceará, Hélio Winston Leitão.
Para Paulo André Holanda, diretor regional do Senai Ceará e superintendente do Sesi Ceará, a iniciativa da ZPE é “importante e oportuna” para que os entes envolvidos nos grandes projetos relacionados à transição energética possam avançar em pautas estratégicas, como a capacitação. “Todas essas grandes empresas globais, quando sinalizam um investimento no Estado, perguntam sobre a mão de obra capacitada local. Promover a junção das instituições que pode ofertar essas qualificações, assim como ouvir o que os municípios estão fazendo e demandando, é fundamental para o sucesso desses projetos”, pontua.
Também participaram da reunião os secretários do município de Caucaia, Alexandre Cialdini (finanças) e Izabel Calado (trabalho); os secretários do município de São Gonçalo do Amarante, Tales Matos (finanças) e Rochelli Lima (desenvolvimento econômico e sustentável); o diretor executivo da Aecipp, George Braga; o gerente de contabilidade do Complexo do Pecém, Paulo Martins; a diretora do IFCE Pecém, Lívia Costa, acompanhada de alguns professores; o assessor da ZPE Ceará, Thiago Guimarães; a gerente de operações da ZPE, Karina Bzyl; e o procurador jurídico da ZPE, Bruno Marques.
Hub de Hidrogênio Verde
Lançado pelo Governo do Estado do Ceará, em parceria com o Complexo do Pecém, Federação das Indústrias do Estado (Fiec) e Universidade Federal do Ceará (UFC), o Hub de Hidrogênio Verde visa transformar o Pecém em um grande fornecedor global deste tipo de combustível, gerando emprego, renda e contribuindo para descarbonização global, por meio da transição energética.
Até o momento, já foram assinados 36 Memorandos de Entendimento (MoU) para a implantação de projetos de hidrogênio e amônia verde no Pecém, principalmente na área da ZPE Ceará. Além disso, seis pré-contratos já foram firmados e correspondem a investimentos de aproximadamente a US$ 10 bilhões, em uma área já reservada, no Setor 2 da ZPE Ceará, de mais de 300 hectares. As datas para o início dos trabalhos de instalação são variadas, mas o Complexo do Pecém projeta iniciar a produção do hidrogênio e amônia verde em 2027, atingindo o volume de 1,3 milhão de toneladas por ano em 2030.