Referência no tratamento de cardiopatias congênitas, HM promove primeira jornada sobre o tema
11 de junho de 2024 - 14:19 #diagnóstico precoce #Hospital de Messejana #jornada #Rede Sesa
Jessica Fortes - Ascom HM - Texto e fotos
Priscila Sousa - Arte gráfica
Dominic Freitas nasceu com Tetralogia de Fallot, uma má formação no coração que atinge um a cada 3.600 recém-nascidos
O pequeno Dominic Freitas, de 10 meses, apresentou dificuldade respiratória logo ao nascer e precisou ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Tianguá, no interior do estado. Após um exame de ecocardiografia e o diagnóstico de cardiopatia congênita, foi encaminhado ao Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM), vinculado à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), para uma avaliação mais detalhada.
A mãe, Jardele Freitas, de 27 anos, relata que o bebê passou por um cateterismo cardíaco e recebeu um stent percutâneo para manter o canal arterial aberto, um procedimento realizado em algumas crianças sem idade adequada para correção definitiva. “Ele tinha pouco mais de um mês quando chegou ao HM. Fez o cateterismo, colocou um stent e ficou sendo acompanhado ambulatorialmente. Agora que ele está maior, precisará de outro procedimento para corrigir a cardiopatia”, explica Jardele.
O assunto será tema de evento promovido pela unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). A primeira Jornada Multiprofissional de Cardiopatia Congênita e Cardiologia Pediátrica ocorre nos dias 12 e 13 de junho e é direcionada à equipe de saúde da instituição e a convidados de outros centros. A ideia é integrar e promover a troca de experiências e informações entre os profissionais.
A cardiopatia congênita é um grupo de anormalidades na estrutura ou função do coração, que podem surgir nas primeiras oito semanas de gestação ou mais tarde, na infância. “Os pais devem estar atentos aos primeiros sintomas, que podem ser detectados ainda nos primeiros dias de vida, como pele com coloração arroxeada, dificuldade para se alimentar, problemas para ganhar peso e cansaço ao mamar ou durante brincadeiras”, orienta a cardiologista pediátrica do HM, Isabel Cristina Leite.
Diagnóstico precoce
A cardiologista Isabel Cristina explica que, a cada mil bebês, dez nascem com algum tipo de cardiopatia congênita. Na maioria dos casos, é possível realizar a correção definitiva nos primeiros dias de vida. “Outras cardiopatias, porém, necessitam de acompanhamento prolongado, pois só podem ser corrigidas mais tarde”, afirma.
Ela reforça a importância do diagnóstico precoce. “Antes mesmo do nascimento do bebê, é possível identificar problemas cardíacos. Exames como o Ecocardiograma Fetal (ECG) e o Ultrassom Morfológico, realizados por um especialista em cardiologia pediátrica, devem fazer parte da rotina do pré-natal. Após o nascimento, o Teste do Coraçãozinho deve ser realizado. Diagnosticar precocemente é crucial para que a criança com cardiopatia receba o atendimento adequado e no tempo necessário, o que contribui para tratamentos mais assertivos”, ressalta a cardiologista.
Referência
O Hospital de Messejana é um centro de referência no norte e nordeste do país, para o tratamento de cardiopatias congênitas. O ambulatório da unidade realiza cerca de 200 atendimentos mensais. Para destacar a importância do diagnóstico precoce e estimular a troca de experiências entre os profissionais, a primeira Jornada Multiprofissional de Cardiopatia Congênita e Cardiologia Pediátrica será realizada no auditório principal da unidade, a partir das 8h.