Museu da Imagem e do Som realiza programação especial nos últimos dias da exposição de Humberto Teixeira
12 de junho de 2024 - 08:36 #exposição #Humberto Teixeira #MIS
Ascom MIS - Texto e Foto
Deivyson Teixeira - MIS - Fotos
“Quando o sertão ganhou o mar – A obra de Humberto Teixeira” segue em cartaz até 16 de junho, e encerra com fala aberta, oficina e aulão de dança
O Museu da Imagem e do Som realiza, nesta semana, uma programação especial para marcar o encerramento da exposição “Quando o sertão ganhou o mar – A obra de Humberto Teixeira”, que segue em cartaz somente até dia 16 de junho (domingo). Com curadoria de Lu Basile, a exposição oferece um passeio pela trajetória pessoal e profissional do compositor cearense. Natural de Iguatu, Humberto Teixeira (1915 – 1979) ficou conhecido por sua parceria musical com Luiz Gonzaga na difusão do baião. A programação de encerramento prevê fala aberta sobre a obra de Humberto Teixeira, oficina de música e aulão de dança. Todas as atividades são gratuitas. O MIS integra a Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, com gestão parceira do Instituto Mirante de Cultura e Arte.
Fala aberta: O que nos conta a obra de Humberto Teixeira?
Na sexta-feira (14), às 18h30, será realizada na Praça do do MIS a fala aberta “O que nos conta a coleção Humberto Teixeira?”, com Lu Basile (curadora da exposição), Eliene Magalhães (MIS) e Charlyne Moraes (MIS). Serão compartilhados detalhes sobre as características e potencialidades das tipologias que compõem o acervo de Humberto Teixeira, destacando a importância de cada peça para a compreensão da sua trajetória e seu impacto na música brasileira.
Oficina de música “Fazendo Baião”
No sábado (15), das 14h30 às 17h, na sala multiuso (andar -1 do Anexo) acontece a oficina de música “Fazendo Baião”, com a educadora Val Araújo (MIS). A oficina abordará a apreciação do repertório no qual o ritmo está presente, os instrumentos tradicionais para execução, a construção de alguns dos instrumentos percussivos presentes e a prática percussiva a partir dos instrumentos construídos. Com 20 vagas, as inscrições poderão ser feitas via Sympla, neste link.
Val Araújo possui licenciatura em Música (UFC), é cantora, percussionista e brincante, atuando também com arte-educação e educação museal. Como percussionista, participou do Maracatu Solar, do grupo Acadêmicos da Casa Caiada e do grupo Caldeirão.
Aulão de dança “Forró Ancestral”
No domingo (16), tem aulão de dança na praça das 17h às 18h. Conduzido por Clarissa Costa, o “Forró Ancestral” é uma abordagem didática desenvolvida pelo professor Éder Soares dentro da Omì Cia de Dança e Omì Ateliê com o intuito de aproximar o forró de suas matrizes, visando uma identificação cultural brasileira/nordestina e sua incorporação cultural em suas áreas de conhecimento seja ela dança, música, histórica ou artística.
Clarissa Costa é uma artista da dança, com formação no Curso Técnico em Dança do Ceará e bacharelado em Dança pela UFC. Participa da cena com a Cia. Dita e outros artistas independentes. Lidera o projeto Dança-Libras desde 2014, unindo-se a artistas comprometidos em combater o capacitismo.
A exposição “Quando o sertão ganhou o mar – A obra de Humberto Teixeira”
Ocupando os andares +2 e -2 do Anexo, a exposição conduz os visitantes por diversos temas, passando pela história do Brasil e da música brasileira, as parcerias com Luiz Gonzaga e Lauro Maia, seu processo de composição, a vida no Rio de Janeiro, a atuação política e a luta pela valorização da música nacional. Estão expostos itens do acervo pessoal do artista, como registros de trabalhos inéditos, fotos, instrumentos musicais e objetos. Com expografia de André Scarlazzari, a exposição leva Humberto Teixeira ao público do MIS por meio de textos, imagens, música, dança, árvores, pássaros e outras delicadezas surpreendentes, em uma exposição interativa, criativa e emocionante. Complementando a exposição, há uma instalação sonora na Praça do MIS chamada “Varei mais de vinte serras”, de Clau Aniz.
Segundo André Scarlazzari, a concepção da expografia foi baseada em pesquisa histórica e alicerçada na estética das revistas das décadas de 1940 e 1950. No andar +2, a exposição foca na biografia do artista e em sua produção musical. Além de diversos registros em imagem, foram disponibilizadas 13 músicas de autoria de Humberto Teixeira, gravadas por diferentes intérpretes. Durante a visitação, o público pode ouvir essas músicas individualmente em fones, e também é possível acessar vídeos com as letras dessas músicas interpretadas em Libras (Língua Brasileira de Sinais), acessibilizando a informação para a comunidade surda. Há ainda o recurso de audiodescrição das ilhas temáticas do espaço, para que pessoas cegas ou de baixa visão possam compreender como estão organizados os espaços.
No andar -2, por meio de diferentes recursos, a exposição se volta para o universo do baião, apresentando instrumentos musicais do gênero, uma projeção que ensina os passos básicos para dançar o baião, e instalações que trazem elementos que representam a relação que a música de Humberto Teixeira tem com o bioma do sertão, com árvores e pássaros típicos da caatinga. No hall do -2 há ainda uma instalação minimalista que faz alusão à frase de Humberto Teixeira, que dizia para sua filha que “gostaria de engarrafar as nuvens” para dar de presente para ela. Uma exposição poética para um homem que fez viver a poesia.
A coleção Humberto Teixeira
A coleção Humberto Teixeira, hoje sob a guarda do Museu da Imagem e do Som do Ceará, foi adquirida pela Secretaria de Cultura do Ceará em dezembro de 2015. Formado em Direito e tendo sido um dos principais parceiros de Luiz Gonzaga, o “doutor do baião” também atuou como político. Eleito deputado federal, lutou pela lei do direito autoral e viabilizou, com a Lei Humberto Teixeira, a realização de caravanas de artistas para divulgar a música brasileira no exterior. A coleção, cujos itens são vestígios de aspectos de sua vida pessoal e sua trajetória na música e na política, é composta por livros, revistas, fotografias, discos, álbuns de recortes, projetos de leis, partituras, documentos e objetos pessoais do compositor cearense. A exposição apresenta um recorte deste vasto e precioso acervo.
Serviço:
Exposição “Quando o sertão ganhou o mar – A obra de Humberto Teixeira” – ÚLTIMOS DIAS
Em cartaz somente até 16 de junho (domingo)
Local: andares +2 e -2 do Anexo.
Funcionamento:
Quarta e quinta: 10h às 18h, com acesso até 17h30
Sexta a domingo: 13h às 20h, com acesso até 19h30
Entrada: gratuita
Fala aberta: O que nos conta a obra de Humberto Teixeira?
Data: 14 de junho (sexta-feira)
Horário: 18h30
Local: Praça do MIS
Oficina de música “Fazendo Baião”
Data: 15 de junho (sábado)
Horário: 14h30 às 17h
Local: sala multiuso (andar -1 do Anexo)
Vagas: 20
Inscrições gratuitas via Sympla
Aulão de dança “Forró Ancestral”
Data: 16 de junho (domingo)
Horário: 17h às 18h
Local: Praça do MIS
Vagas: 20
Inscrições gratuitas via Sympla