Primeira loja com artesanato produzido por internos do sistema prisional celebra três anos no Centro de Turismo do Ceará

4 de outubro de 2024 - 13:06 # # # # #

Ascom SAP - Texto

A Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização celebra 3 anos da primeira Loja do projeto “Arte em Cadeia” no Centro de Turismo do Ceará (CETUR), antiga Casa de Detenção de Fortaleza.  O espaço, que foi reformado através de mão de obra de internos do sistema penitenciário, foi convertido em um polo turístico para artesanato, destacando o trabalho pelo seu impacto social e cultural.

A loja reforça e materializa o trabalho desenvolvido pela Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Egresso (Coispe) na capacitação e trabalho de pessoas privadas de liberdade. O artesanato já beneficia mais de 1.800 internos e internas em diferentes projetos realizados no sistema prisional do Ceará. Com o sucesso das vendas e a significativa repercussão social do projeto, os resultados superaram as expectativas. A iniciativa se expandiu para lojas em shoppings da cidade e passou a participar de feiras de artesanato nacionais e internacionais.

No estabelecimento são vendidos mais de 250 peças confeccionadas pelos internos. Produtos como almofadas de chita, mochilas de patchwork, jogos americanos de vagonite, peças em ponto cruz, bolsas de macramê e de crochê. Além disso, também estão disponíveis peças decorativas como conjuntos de mesa, tapetes, panos de limpeza, painéis de parede, porta guardanapos, chaveiros e bancos.

O projeto “Arte em Cadeia” conta com a participação de 500 internos em seis unidades prisionais, com 16 oficinas de produção.  A arte-educadora Luciana Eugênio lidera a iniciativa, oferecendo orientação e qualificação, com o apoio dos policiais penais. Cerca de 70% da produção dos artigos utiliza resíduos têxteis reaproveitados de fábricas instaladas nos estabelecimentos penitenciários. Além dos produtos do Arte em Cadeia, a loja também exibe produtos do Projeto “Reciclarte”. Gerenciado pela artista plástica e designer Socorro Silveira, o projeto é desenvolvido na Unidade Prisional Vasco Damasceno Weyne (UP-Itaitinga5) e inclui estandartes, objetos de decoração e esculturas de ferro feitas com partes de bicicletas apreendidas pela polícia.

O secretário da administração penitenciária e ressocialização, Mauro Albuquerque, fala sobre o sucesso do projeto. “Estamos extremamente orgulhosos do impacto positivo que nossas lojas de artesanato tem gerado. Celebrar três anos no Centro de Turismo do Ceará, onde foi a nossa primeira loja do projeto “Arte em Cadeia”, é uma grande conquista, que não apenas reflete o sucesso da iniciativa e a forte repercussão social, mas também destaca a expansão do projeto, que vem dando muito certo e se tornando possível abrir em shoppings da cidade e até em feiras internacionais. Este é um exemplo claro de como iniciativas de ressocialização podem trazer benefícios reais para a sociedade e para os participantes do programa. Não é à toa que, até os vendedores das lojas, são egressos que estão em busca da reintegração social por meio do trabalho. Nossa missão é expandir ainda mais o projeto e alcançar o maior número de pessoas beneficiadas”, afirma.