Troca de conhecimento sobre Inteligência Artificial marca manhã na Secitece

18 de outubro de 2024 - 15:26 # # # #

Michel Maia - Ascom Secitece - Texto
Chico Gomes - Foto

Ciclo de palestras sobre Plano Brasileiro de Inteligência Artificial trouxe luz sobre como o Governo Federal se prepara para avançar com tecnologias e plataformas nacionais

Na manhã desta quinta-feira (17), a Secitece abriu seu auditório para receber o 1º Ciclo de Formação da União Estadual dos Estudantes do Ceará (UEE-CE). A titular da pasta, secretária Sandra Monteiro, recebeu os estudantes e demais convidados.

A presidente da UEE-CE, Suyanne Vidal, apresentou os palestrantes deste primeiro ciclo. O evento contou com a presença de Hugo Valadares, coordenador geral de Tecnologia da Informação e Informática do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

No início das atividades, a secretária da Secitece, Sandra Monteiro, contextualizou os estudantes sobre o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) com seus programas e ações, como a nova Lei da Inovação, aprovada pela Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) por unanimidade, e sancionada pelo governador Elmano de Freitas, vai ajudar em termos práticos no fortalecimento do fomento e incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no Ceará.

Hugo explicou que a Inteligencia Artificial (IA) é uma linha de pesquisa que existe a várias décadas, porém, nos últimos dois anos ela se popularizou por conta dos grandes modelos de linguagem, liderados pelo Chatgpt.

“O Openai furou uma bolha e agora todo mundo está numa correria para tentar usar esses modelos que realmente podem simplificar processos, resolver problemas e ações para que ganhemos tempo na hora de realizar nossas atividades diárias. No entanto, é preciso ter cuidado com o mau uso desse tipo de IA”, ponderou.

Ele também mencionou o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que prevê a aplicação de R$ 23 bilhões nos próximos cinco anos. Segundo Valadares, o plano busca garantir que o Brasil não fique atrás em relação ao desenvolvimento tecnológico mundial, com medidas que incluem o uso ético da IA e a criação de leis para combater o mau uso, como na disseminação de fake news.

Plataforma NICE

Durante a palestra, foi mencionada a plataforma NICE, uma IA brasileira, desenvolvida pelo Ibict. O sistema possibilita ao usuário ter uma conversa à luz dos grandes pesquisadores e cientistas brasileiros, a maioria já falecidos. A partir dos textos, dos trabalhos e artigos desses cientistas, é possível “trocar uma ideia com eles”, similar com o que é feito no Chatgpt.

A diretora de universidades públicas da UEE-CE, Italy Christie, destacou que a formação dos estudantes é um trabalho contínuo da organização e que ciclos de formação fazem parte dessas ações. “As novas leis que envolvem a Inteligência Artificial estão chegando no Brasil e as novas tecnologias têm sido utilizadas diariamente, então a gente precisa trazer essas temáticas para os nossos estudantes”, pontuou.

Ética e uso da IA

Para Rian Teixeira, que cursa licenciatura em Teatro, a Inteligência Artificial é uma facilidade na rotina estudantil, porém em outros âmbitos artísticos, como nas artes visuais, é possível usar algumas IAs para substituir humanos e, para ele, “isso invalida o trabalho de uma pessoa que estudou”.

Sandra Monteiro ponderou ainda que momentos como esse trazem para perto de uma forma fácil e prática o tema Inteligencia Artificial, “que faz parte da vida de cada um e cada uma há muito tempo. Entretanto, o assunto tem dimensões muito maiores e nós precisamos avançar na formação de pessoas, qualificação e requalificação de postos que podem se beneficiar de programas com base na IA e o PBIA traz essas diretrizes com um marco legal que embasa e protege de forma ética todas essa as criações e processos”.