Museu da Imagem e do Som celebra Abril Indígena com duas novas exposições e oferta programação diversa

24 de abril de 2025 - 10:04 #

Texto e foto: Ascom MIS

Além das novas exposições, semana contará com roda de conversa, sessão adaptada para pessoas com autismo, shows, oficina e roda de capoeira 

O Museu da Imagem e do Som do Ceará promove, nesta semana, atividades diversas, com roda de conversa, sessão adaptada na sala imersiva para pessoas com autismo, shows, oficina e roda de capoeira. E em celebração ao Abril Indígena, mês que promove a valorização e direitos dos povos originários, duas novas exposições trarão à tona a riqueza cultural e a resistência das comunidades indígenas: “Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak”, em parceria com o Instituto Tomie Ohtake, e “Re-floresta”, obra audiovisual imersiva da artista Roberta Carvalho. O lançamento de ambas ocorrerá no sábado (26), às 17h, na praça do MIS. Na ocasião, haverá também discotecagem do DJ Rapha Anacé às 17h30 e show da cantora Brisa Flow às 18h30. Toda a programação é gratuita. O MIS integra a Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, com gestão parceira do Instituto Mirante de Cultura e Arte.

Roda de conversa “A Luta Socioambiental da população LGBTQIAPN+: Fraturas Coloniais e Futuros Possíveis” com Ayô Herú, Nairóbi Souza e Liana Cavalcante. Mediação de Elen Andrade

Na sexta-feira (25), das 15h às 17h, acontece na sala multiuso (andar -1 do Anexo) a roda de conversa “A Luta Socioambiental da população LGBTQIAPN+: Fraturas Coloniais e Futuros Possíveis”, com Ayô Herú, Nairóbi Souza e Liana Cavalcante. A mediação é de Elen Andrade, educadora do MIS. O momento tem como objetivo interseccionar a questão da diversidade sexual e de gênero com o racismo ambiental e a crise climática e humanitária, trazendo perspectivas e estratégias desde lideranças de comunidades tradicionais da zona costeira do Ceará, de organizações e pesquisadores da academia, expondo as fraturas coloniais, mas compartilhando estratégias contracoloniais na construção de um envolvimento para um mundo justo e sustentável para todas as pessoas.

Sessão adaptada da sala imersiva para pessoas com autismo

Buscando tornar a experiência dentro da sala imersiva mais confortável e acessível para o público neurodivergente, com foco em pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o MIS promove sessões adaptadas aos sábados, das 13h às 14h. Durante a sessão, são implementadas uma série de adaptações sensoriais para proporcionar maior conforto ao público, como redução do volume, ajuste na iluminação e um percurso acessível para os participantes. A programação incluirá as exposições imersivas “Fortaleza Utopia Ancestral”, “SYTIA”, “Guia” e “Aves do Ceará”, todas com estímulos visuais e sonoros ajustados para uma experiência sensorial mais equilibrada. São ofertadas 30 vagas por domingo, e as inscrições devem ser feitas neste link.

Abril Indígena no MIS: abertura das exposições “Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak” e “Re-floresta”, de Roberta Carvalho

Em celebração ao Abril Indígena, mês que promove a valorização e direitos dos povos originários, o MIS anuncia a chegada de duas novas exposições que trarão à tona a riqueza cultural e a resistência das comunidades indígenas: “Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak”, em parceria com o Instituto Tomie Ohtake, traz fotos realizadas pelo fotógrafo japonês Hiromi Nagakura com curadoria de Krenak, e “Re-floresta”, obra audiovisual imersiva da artista Roberta Carvalho. O lançamento de ambas ocorrerá no sábado (26), às 17h, na praça do MIS. Na ocasião, haverá também discotecagem do DJ Rapha Anacé às 17h30 e show da cantora Brisa Flow às 18h30. O evento contará com a presença das curadoras assistentes da exposição de Nagakura, Angela Pappiani e Eliza Otsuka; Gabriela Moulin, diretora executiva do Instituto Tomie Ohtake; e da artista Roberta Carvalho.

“Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak” traz uma seleção única de registros realizados pelo grande fotógrafo japonês entre 1993 e 1997 por meio de diversas expedições aos estados do Acre, Roraima, Mato Grosso, Maranhão, São Paulo, Pará e Amazonas. Foram sete viagens pela Amazônia, algumas durando até 40 dias. Juntos, Krenak e Nagakura puderam aproximar-se, conviver e registrar a cultura dos povos Krikati, Gavião, Xavante, Huni Kuin, Yawanawá, Ashaninka e Yanomami. As imagens revelam os modos de vida, os gestos, os cantos e os corpos dos povos originários da Amazônia brasileira e do cerrado. A mostra, que já passou pelas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, chega agora à Fortaleza com a possibilidade singular de percorrer a potente trajetória de Hiromi Nagakura no fotojornalismo internacional.

A exposição “Re-floresta” propõe uma experiência imersiva que atravessa os caminhos sensíveis da artista amazônida Roberta Carvalho, cuja trajetória de mais de 15 anos entrelaça arte, natureza e tecnologia como forma de escuta, reflexão e transformação. Sua poética emerge das margens dos rios, das trocas com comunidades ribeirinhas e povos originários, e da atenção às camadas sutis dos territórios que habitamos e compartilhamos. Por meio da imagem, do som e da projeção, Roberta desenvolve uma linguagem singular que amplia o campo da arte digital ao propor um olhar crítico e afetivo sobre a Amazônia – não como um lugar fixo ou idealizado, mas como um organismo pulsante, em constante criação e resistência.

DJ Rapha Anacé apresentará um set único, onde fusiona gravações feitas nas aldeias e comunidades indígenas com músicas populares brasileiras, criando uma atmosfera envolvente e diversificada. Nesta experiência sonora, ritmos ancestrais se encontram com batidas eletrônicas contemporâneas, proporcionando uma imersão cultural que convida tanto à dança quanto à reflexão.

Brisa de La Cordillera, mais conhecida como Brisa Flow, é uma cantora que mistura seu rap com cantos ancestrais, jazz, eletrônico e neo/soul. Atua no cenário artístico também como produtora musical, performer e pesquisadora. É arte educadora licenciada em Música e MC da cultura hip hop. Filha de artesãos araucanos, pesquisa e defende a música indígena contemporânea e o rap como ferramentas necessárias para combater o epistemicídio. A artista tem três álbuns lançados.

Pinhole Day 2025: Oficina de Mini Pinhole

No domingo (27), a oficina de Mini Pinhole, em celebração ao Dia Mundial da Fotografia Pinhole, oferece uma experiência prática e acessível que resgata os fundamentos da fotografia por meio da construção manual de câmeras artesanais. Utilizando materiais simples, os participantes exploram a formação da imagem sem lentes, experimentando tempos de exposição e criando suas próprias fotografias com um olhar criativo e experimental. A atividade promove a conexão entre tradição e contemporaneidade, valorizando o fazer fotográfico manual em um ambiente cultural que incentiva a aprendizagem, a imaginação e o encontro entre diferentes públicos. A oficina, a ser ministrada por Jef Castro, Fabrilly, Mica Menezes e Igor Cavalcante, tem uma hora de duração e será ofertada para 4 turmas: às 10h, 11h, 12h e 13h. A atividade acontece na praça do MIS e no laboratório de fotografia. São 15 vagas por turma e as inscrições serão por ordem de chegada.

Vem vadiar no museu: roda de capoeira com Mestre Urso Preto 

Também no domingo (27), acontece a programação “Vem Vadiar no Museu”, uma roda de capoeira conduzida por Mestre Urso Preto. A roda acontece no último domingo de cada mês e convida a todos para gingar, brincar e celebrar a preservação desta rica herança cultural. A programação acontece das 16h às 17h30, na praça do MIS.

Programação da sala imersiva e exposições

Nesta semana, a sala imersiva do MIS exibe de quarta a sábado as obras “Fósseis do Cariri”, “Aves do Ceará” e, celebrando o Abril Indígena, a obra “Encantoré”. Na quarta (23), a exibição acontece das 10h às 18h, com acesso até 17h30. Na quinta (24), a sala abrirá das 14h às 18h, com acesso até 17h30. Na sexta (25),  o funcionamento é das 13h às 20h, com acesso até 19h30. No sábado (26), das 13h às 14h acontece a sessão adaptada para pessoas com autismo, abrindo ao público em geral às 14h com as obras “Fósseis do Cariri”, “Aves do Ceará” e “Encantoré” até às 17h. A partir das 17h, entra em cartaz a obra “Re-floresta” até as 20h, com acesso até 19h30. E no domingo (27), a exibição de “Re-floresta” acontece das 10h às 18h, com acesso até 17h30.

Seguem também em cartaz as exposições físicas “Imaginar os Cearás: memórias e tecnologias” (andar -1 do Anexo) e “Laboratório dos Sentidos” (casarão). A visitação está aberta de quarta a domingo, com horários diferenciados: quartas, quintas e domingos, das 10h às 18h (acesso até 17h30), e sextas e sábados, das 13h às 20h (acesso até 19h30). Já a biblioteca Marly Mariano & Thomaz Farkas estará fechada nesta semana.

SERVIÇO:

MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DO CEARÁ

Endereço: Av. Barão de Studart, 410. Meireles.
Entrada: gratuita.
Acompanhe a programação completa no Instagram: @mis_ceara.

Roda de conversa “A Luta Socioambiental da população LGBTQIAPN+: Fraturas Coloniais e Futuros Possíveis” com Ayô Herú, Nairóbi Souza e Liana Cavalcante. Mediação de Elen Andrade.

Data: 25 de abril (sexta-feira)
Horário: 15h às 17h
Local: sala multiuso
Classificação indicativa: Livre
Acessível em Libras.

Sessão adaptada da sala imersiva para pessoas com autismo

Data: 26 de março (sábado)
Horário: 13h às 14h
Local: sala imersiva
Vagas: 30
Inscrições: neste link.
Abril Indígena no MIS: abertura das exposições “Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak” e “Re-floresta”, de Roberta Carvalho. Com discotecagem do DJ Rapha Anacé e show de Brisa Flow.
Data: 26 de abril (sábado)

Horário:

  • 17h – cerimonial de abertura

  • 17h30 – discotecagem com DJ Rapha Anacé

  • 18h30 – show de Brisa Flow

Local: Praça do MIS
Classificação indicativa: Livre
Acessível em Libras.

Pinhole Day 2025: Oficina de Mini Pinhole

Data: 27 de abril (domingo)
Horário: 10h | 11h | 12h | 13h (4 turmas)
Local: praça do MIS / laboratório de fotografia
Classificação indicativa: Livre
15 vagas por turma. Inscrições por ordem de chegada.

Vem vadiar no museu

Data: 23 de março (domingo)
Horário: 16h às 17h30
Local: praça

 

EXPOSIÇÕES

SALA IMERSIVA:

Quarta-feira – 10h às 18h
Fósseis do Cariri, Encantoré, Aves do Ceará

Quinta-feira – 10h às 14h
Sala Imersiva fechada.

14h às 18h
Fósseis do Cariri, Encantoré, Aves do Ceará

Sexta-feira – 13h às 20h 
Fósseis do Cariri, Encantoré, Aves do Ceará

Sábado – 13h às 14h 
Sessão adaptada para pessoas com autismo
Fortaleza Utopia Ancestral, SYTIA, Guia , Aves do Ceará

14h às 17h 
Fósseis do Cariri, Encantoré, Aves do Ceará

17h às 20h
Re-floresta

Domingo – 10h às 18h 
Re-floresta

“Imaginar os Cearás: Memórias e Tecnologias”

Quarta-feira, quinta-feira e domingo: 10h às 18h (acesso até 17h30)
Sexta-feira e sábado: 13h às 20h (acesso até 19h30)
Local: Andar -1 do Anexo
Classificação indicativa: Livre

“Laboratório dos Sentidos”

Quarta-feira, quinta-feira e domingo: 10h às 18h (acesso até 17h30)
Sexta-feira e sábado: 13h às 20h (acesso até 19h30)
Local: Casarão