Técnicas de Enfermagem da Rede Sesa celebram vocação pelo cuidado

12 de maio de 2025 - 14:11 # # # #

Joelton Barboza e Bruno Brandão - Ascom HRVJ e HGWA - Texto, fotos e vídeo

Entre os dias 12 e 20 e maio, comemora-se, no Brasil, a Semana da Enfermagem, sendo dia 12 o Dia do Enfermeiro e 20, o Dia do Auxiliar e Técnico de Enfermagem. As datas relembram figuras emblemáticas para a área, como Florence Nightingale, marco da Enfermagem moderna no mundo, e Ana Néri, pioneira da Enfermagem brasileira. Para celebrar as datas, você confere hoje histórias de profissionais que fazem a diferença na Saúde do Ceará, em série especial de duas matérias em homenagem às profissões.

De jardineira a técnica de enfermagem do HRVJ: profissional usa a voz e o dom da música como um cuidado a mais para o paciente

A profissional Elizângela Cintra é técnica de enfermagem há aproximadamente oito meses no Hospital Regional Vale do Jaguaribe (HRVJ), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) em Limoeiro do Norte. Apaixonada por plantas e pela música, ela é movida por outra paixão: a assistência ao paciente.

Elizângela começou a atuar em hospitais trabalhando como jardineira em uma unidade saúde até 2022. Para ela, esse período foi de observação e aproximação com a assistência e, consequentemente, da vivência de um profissional da Enfermagem em um hospital.

“Eu me apaixonei pelo cuidado e pela empatia ao próximo, vendo as lutas profissionais, principalmente contra a covid-19, e os profissionais dando tudo deles próprios para salvar as vidas. Então decidi me afastar da jardinagem para cursar um curso de técnico, com a pretensão de um dia voltar, não como jardineira, apesar de eu gostar muito de planta, mas como técnica, para também poder participar desse cuidado e dessa assistência”, explica.

Elizângela se formou em 2023 e entrou no HRVJ em setembro de 2024. Foi aí que passou a incluir na rotina não só o cuidado em saúde, mas também a arte. Mais especificamente, a música.

É que, além de ser técnica de enfermagem e amar as plantas, ela também toca instrumentos musicais e canta. Um dos seus diferenciais dividir o talento com os pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HRVJ. Violão, clarinete e saxofone são alguns dos instrumentos que a ex-jardineira e atual técnica de enfermagem domina. “A música transforma vidas, anima e traz ânimo. Sabe aquela paz que só a música oferece? Então, ela é o remédio da alma, pois toca onde os fármacos não atuam e aflora boas memórias”, destaca.

“A música é o remédio da alma”, diz Elizângela

Apesar de atuar há menos de um ano como técnica, Cintra diz estar realizada. “Acho essa profissão muito boa e gratificante. Superou minhas expectativas de cuidar do paciente e estar à frente promovendo o autocuidado e o profissionalismo, que também é muito importante, com a execução dos protocolos de segurança que seguimos aqui na instituição. Estou muito satisfeita”, ressalta.

Rita Maria: amor pela Enfermagem ajudou na superação do diagnóstico de câncer de mama

“Acredito que trabalhar na área de Enfermagem não seja apenas um trabalho, mas uma missão”, diz Rita

A rotina do amor pela profissão precisou ser brevemente pausada pela trabalhadora Rita Maria de Souza, mais conhecida como Ritinha, do Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA). Em dezembro de 2023 a técnica de enfermagem foi diagnosticada com câncer de mama. Diante da surpresa da notícia e com a necessidade do tratamento, ela precisou se afastar. Atuando no Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), desde o início da fundação do HGWA, em 2002, o afastamento deixou saudade dos colegas, que puderam vê-la retornar curada no último mês de abril.

Em meio ao susto do diagnóstico de câncer de mama, Rita diz que encontrou força na fé e nos familiares, mas muito também na profissão e no apoio dos colegas da unidade. “É um crescimento pessoal. Passei por momentos difíceis. Você cresce de todas as maneiras. Eu costumava falar para mim mesma que estava entrando em um deserto, que durante o dia iria fazer muito sol, mas eu não estava sozinha, que Deus estava comigo. E que à noite viria a escuridão, mas, mesmo assim, eu não estaria só e que isso tudo era uma passagem, e no final, eu chegaria sendo uma nova criatura. Eu tinha confiança e sabia que iria ficar curada”, diz.

A rotina de Rita é voltada ao cuidado na assistência, organizando as notificações, conversando com pacientes e acompanhantes sobre as prevenções de infecções e cuidados preventivos pós-diagnóstico e pós-alta. Ela iniciou a carreira como instrumentadora, no Centro Cirúrgico. Em seguida, meses depois, ela foi para o Centro de Material de Esterilização (CME). Ainda no mesmo ano, ela participou da fundação da SCIH, onde foi convidada a assumir o cargo de técnica de enfermagem.

“O SCIH é fundamental para prevenção. Atuo na educação continuada e visitas nas unidades. Acompanho as notificações dos setores, além de acompanhamento dos procedimentos no modo geral. Procuro me comunicar com os nossos pacientes de uma forma mais simples possível, para alcançar todos os públicos. Tentando ajudá-los nos cuidados para prevenção de infecções, observando os prontuários e auxiliando os acompanhantes nas dúvidas com os cuidados preventivos de infecções. Eu me sinto bem fazendo o que faço, é muito gratificante”, afirma.

Ela está finalizando o curso em Biomedicina, mas diz que o amor pela Enfermagem continua em primeiro lugar. “Acredito que trabalhar na área de Enfermagem não seja apenas um trabalho, mas uma missão. É desafiador, é humano, une as técnicas, com empatia e resiliência. Agradeço muito o conhecimento que tenho. Me autoavaliando, minha profissão me ajudou ate mesmo a ir atrás dos profissionais médicos ideais para um diagnóstico preciso”, finaliza.