Ceará garante participação ativa na Etapa Mangabeira das Conferências das Mulheres Indígenas

23 de junho de 2025 - 17:00 # # #

Julyanna dos Santos - Ascom Sepince - texto e foto

A Secretaria dos Povos Indígenas do Ceará (Sepince) marcou presença na quinta etapa das “Conferências das Mulheres Indígenas”, intitulada Etapa Mangabeira, realizada entre os dias 18 e 20 de junho, na Baía da Traição, na Paraíba. A atividade, preparatória para a Conferência Nacional prevista para agosto, reuniu delegações dos estados do Ceará, Paraíba, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e do sul da Bahia.

A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, participou do encontro no dia 18 de junho. Em sua fala, ressaltou a importância da promoção da igualdade de gênero, do fortalecimento do protagonismo das mulheres indígenas e do enfrentamento às diversas formas de violência que atingem essas populações. A ministra também convocou as mulheres indígenas a participarem das eleições de 2026, ressaltando a necessidade de que as políticas públicas reflitam as realidades locais por meio da mobilização nos territórios.

A Etapa Mangabeira promoveu momentos importantes de escuta, articulação e construção coletiva em torno das pautas que impactam a vida das mulheres indígenas, como violência de gênero, saúde, justiça climática, gestão territorial, educação e transmissão de saberes ancestrais.

As mulheres indígenas do Ceará estiveram representadas por uma delegação composta por 17 lideranças femininas, cuja participação foi viabilizada pelo Governo do Ceará, que ofereceu o deslocamento para o evento. A presença do grupo garantiu a contribuição ativa do estado no processo nacional de fortalecimento das lideranças indígenas femininas.

“A presença do Ceará na Etapa Mangabeira é um reflexo do compromisso do nosso estado com o protagonismo das mulheres indígenas. Seguimos fortalecendo as vozes que historicamente foram silenciadas e reafirmando a importância da participação ativa dessas lideranças na construção de políticas públicas que respeitem nossas ancestralidades e territórios”, afirmou a secretária dos Povos Indígenas do Ceará, Juliana Alves.

Em tempo

As conferências são organizadas pelos Ministérios dos Povos Indígenas e das Mulheres, em parceria com a Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), e contam com o apoio da ONU Mulheres e da Open Society Foundations. Todas as etapas regionais incluem momentos espirituais, debates, formação de grupos de trabalho, apresentação de propostas e escolha de representantes para a etapa nacional.

Além da Etapa Mangabeira, outras etapas regionais foram realizadas em diferentes regiões do país, como Sumaúma (Acre, Roraima, Amazonas e Mato Grosso), Castanheira (Rondônia, Pará, Amapá e Tocantins), Sapopema (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo), Araucária (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) e Jurema (Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia-Norte).

A etapa nacional, chamada Copaíba, está programada para ocorrer de 4 a 6 de agosto em Brasília, com a expectativa de reunir cerca de 5 mil mulheres indígenas dos seis biomas brasileiros. O evento incluirá a 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas, a IV Marcha das Mulheres Indígenas com o tema “Nosso corpo, nosso território: Somos as guardiãs do planeta”, além de um Ato Político Cultural.