Sesa realiza Dia S de combate ao sarampo e à rubéola no Ceará

23 de junho de 2025 - 15:28 # # # # #

Kelly Garcia - Ascom Sesa - Texto
Arquivo Sesa - Foto

Vacinas contra o sarampo e da rubéola podem ser aplicadas em pessoas dos 12 meses aos 59 anos

Com o objetivo de identificar possíveis casos novos de sarampo e rubéola, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) intensifica as ações de busca ativa de registros das doenças. Ações tiveram início na terça-feira (17) e seguem até a próxima sexta-feira (27).

De acordo com a assessora do Grupo Técnico das Doenças Preveníveis por Vacinas da Sesa, Karizya Veríssimo, a intenção é investigar sintomas compatíveis com as doenças registrados em prontuários clínicos, fichas de atendimento nas unidades básicas de saúde, em unidades hospitalares e em registros laboratoriais do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), referentes aos últimos 30 dias. “Queremos dar uma atenção especial aos que não tenham sido identificados durante os atendimentos. Neste ano, acrescentamos também a busca ativa comunitária, na qual buscamos casos suspeitos diretamente na comunidade, por meio de visitas domiciliares”, disse.

Para a assessora, a medida é fundamental para estabelecer estratégias eficazes de controle e prevenção, ajudando a evitar a reintrodução doa vírus no estado. “As últimas três confirmações de sarampo no Ceará ocorreram em 2022. Desde então, não houve novos casos confirmados. Em 2023 e 2024, foram notificados 35 e 40 casos suspeitos, respectivamente — todos descartados por critério laboratorial. Em 2025, até o momento, já foram registrados 16 casos suspeitos, também descartados após exames. No caso da rubéola, o Ceará não apresenta casos desde 2008”, disse.

Imunização

Segundo a titular da Coordenadoria de Imunização (Coimu) da Sesa, Ana Karine Borges, a vacinação é a forma mais efetiva de prevenção para as duas doenças. “Existem três tipos de vacinas contra rubéola e sarampo – a dupla viral, que protege do vírus do sarampo e da rubéola e pode ser utilizada para o bloqueio vacinal em situação de surto; a tríplice viral, que imuniza contra o vírus do sarampo, caxumba e rubéola e a tetraviral, que protege do vírus do sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora)”.

A gestora ainda orienta que todas as pessoas de 12 meses a 59 anos de idade têm indicação para serem vacinadas contra o sarampo, mas existe uma rotina para as crianças e outra, para os adultos. “Aos 12 meses, a criança recebe a primeira dose e, aos 15 meses, a segunda. Pessoas até 39 anos que não tenham recebido a vacina ou com esquema incompleto devem tomar duas doses com intervalo mínimo de 30 dias. Já quem tem de 40 a 59 anos precisa tomar apenas uma dose”, diz.

Sobre as doenças

O sarampo é uma doença infecciosa aguda grave viral, transmitida pela saliva, por meio da fala, da tosse e do espirro.

Já a rubéola tem o mesmo processo de transmissão, mas, entre as gestantes, apresenta a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) que atinge o feto ou o recém-nascido cujas mães se infectaram durante a gestação. A infecção por rubéola na gravidez acarreta inúmeras complicações, como aborto e natimorto (bebê que nasce sem vida). Para os recém-nascidos, pode acarretar malformações congênitas, como surdez, problemas cardíacos e lesões oculares.

Os sintomas do sarampo e da rubéola são semelhantes, com febre e manchas avermelhadas pelo corpo. No entanto, o sarampo causa febre alta, irritação nos olhos, tosse seca e tem maior letalidade entre crianças.