Festa junina do HGF reúne cultura, cuidado e humanização no ambiente hospitalar

26 de junho de 2025 - 14:23 #

Eva Sullivan - Ascom Sesa - Texto e fotos

Paciente e profissionais do HGF foram eleitos reis e rainha do milho

Bandeirinhas coloridas, forró pé-de-serra, comidas típicas e muita alegria. Na tarde desta quarta-feira (25), o estacionamento principal do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), equipamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), virou palco para o Arraiá do Cumpade HGF, uma celebração que reuniu trabalhadores, pacientes e acompanhantes em torno da alegria que as celebrações juninas trazem.

Teve música ao vivo, quadrilha improvisada e muita alegria

Teve quadrilha improvisada, desfile dorei e da rainha do milho, música ao vivo, bolo, canjica e, claro, muita emoção. Mais que uma festa, foi um abraço coletivo, que ofereceu aos pacientes internados e seus familiares a chance de sentir, mesmo dentro de um hospital, o calor humano e a memória afetiva das tradições de junho. Muitos, em tratamento há dias, puderam reviver lembranças e reconectar-se com uma cultura que faz parte de suas histórias.

Foi o caso do paciente João Toscano Filho, 70 anos, de Fortaleza, que não escondeu a emoção diante da surpresa. “Foi um momento muito especial. Fiquei realmente comovido com o convite. Não esperava viver algo assim dentro do hospital. Me senti acolhido, lembrado, parte de uma festa que me traz boas lembranças. E ainda fui eleito o rei do milho. Melhor presente eu não poderia ter recebido”, contou, entre risos.

Alguns dos trabalhadores do HGF puderam expor em barraquinhas

Para a enfermeira Cláudia Carneiro, momentos como esse são um sopro de alívio em meio à rotina hospitalar. “É uma oportunidade de levar alegria diante dos sofrimentos que a gente presencia. Alguns pacientes conseguem descer, outros assistem da janela, mas todos, de alguma forma, sentem esse acalento”, destacou.

A terapeuta ocupacional Socorro Porto reforçou o quanto iniciativas como essa têm impacto direto no cuidado. “Estamos em um hospital humanizado, lidando com a fragilidade do ser humano. Muitos chegam aqui após um AVC, um trauma repentino, com a vida virada do avesso. Então, é essencial que a gente trabalhe com amor, de forma integrada, em equipe, buscando sempre o melhor para cada paciente”, afirmou. Para ela, esse tipo de ação também é terapêutico. “É leveza em meio ao desafio cotidiano”, concluiu.

Os pacientes Laudenir Souza e João Toscano tiveram a oportunidade de matar a saudade das festividades

E quem sentiu isso na pele foi o senhor Laudenir Souza Mendonça, 64 anos, de Morada Nova, que saiu do leito para aproveitar a festança. “Estou muito satisfeito. A pessoa já melhora bastante. A gente fica ali só deitado, vai ficando meio depressivo. Aqui fora, só de pegar um arzinho, já me sinto melhor. Graças a Deus”, disse, com um sorriso no rosto.

A iniciativa teve o apoio de diversos setores do hospital e mostrou que, mesmo em um ambiente de tantos desafios, é possível cultivar momentos de leveza, humanidade e, acima de tudo, esperança.