Saiba hábitos que podem afetar a saúde do cérebro; HRC orienta sobre prevenção de doenças neurológicas

21 de julho de 2025 - 13:35 # # #

Naiara Carneiro - Ascom HRC - texto e foto

Manter o cérebro saudável é essencial para a qualidade de vida

Responsável por coordenar todos os sistemas do corpo humano, o cérebro é um órgão complexo e fundamental para o funcionamento do organismo. Ele controla desde os batimentos do coração, os movimentos e a respiração, até os pensamentos, emoções e memória. Por isso, manter o cérebro saudável é essencial para a qualidade de vida, bem-estar e autonomia.

Fatores como estresse, sedentarismo e doenças crônicas não controladas podem afetar o cérebro e desencadear doenças neurológicas. Entre as mais comuns estão o Acidente Vascular Cerebral (AVC), enxaquecas e epilepsia, por exemplo.

A prevenção de doenças que afetam o cérebro envolve uma série de hábitos que contribuem para o seu bom funcionamento. É o que explica o médico neurologista Saulo Oliveira, que coordena a Unidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC) do Hospital Regional do Cariri (HRC), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). “Um cérebro saudável significa que ele tem uma capacidade cognitiva e de funcionamento preservada, de acordo com cada idade, coordenando todas as funções do corpo, aliado a uma saúde mental equilibrada. Para ter um cérebro saudável é preciso deixá-lo sempre ativo” afirma.

O especialista orienta sobre a importância de exercitar não apenas o corpo, mas também o cérebro, com a prática de atividades cognitivas, como ler, aprender um novo idioma ou tocar um instrumento, por exemplo. Outras medidas de prevenção são manter uma alimentação equilibrada, dormir bem, buscar evitar o estresse excessivo, praticar atividades físicas regularmente e controlar fatores de risco como hipertensão, diabetes e colesterol alto. “Essas comorbidades são fatores de risco não só para o coração, mas também para o cérebro. Elas podem levar ao AVC ou aumentar o risco de demência precoce”, alerta o neurologista.

Acidente Vascular Cerebral

O AVC ocorre quando há uma interrupção do fluxo do sangue para o cérebro, sendo a doença que mais incapacita e uma das que mais mata em todo o mundo. Referência em AVC isquêmico na região do Cariri, o HRC conta com equipe multiprofissional para o tratamento e reabilitação dos pacientes acometidos com a doença.

Francisca de Araujo sofreu um AVC e foi atendida no HRC

Francisca de Araujo, 58, mora na cidade de Fortim, no litoral leste do Ceará, e precisou de atendimento no HRC após sofrer um AVC durante uma viagem a Juazeiro do Norte, onde a unidade está localizada. Ela sentiu uma forte tontura e fraqueza no lado direito do corpo.

Sobre os hábitos de vida, dona Francisca relata que fuma, mas que agora está determinada a parar. “Eu já fazia atividade física, um grupo muito bom, vou continuar. A gente dança, faz exercícios. Procure fazer exercícios, que é muito bom pra gente se cuidar”, aconselha, enquanto aguarda receber alta e voltar para casa.

“Se mesmo conseguindo controlar fatores de risco, acontecer inevitavelmente de se ter alguma manifestação clínica sugestiva de AVC, ter um serviço de referência especializado no tratamento de AVC, como o do HRC, é importante para que essa pessoa consiga ter um cuidado adequado para minimizar as sequelas e a mortalidade de uma doença tão grave”, destaca o neurologista Saulo Oliveira.

Neurocirurgia

Algumas doenças neurológicas podem necessitar de intervenção neurocirúrgica, entre elas o próprio AVC, como explica o médico neurocirurgião que coordena o serviço de neurocirurgia do HRC, Cícero Lima. “O HRC é referência em AVC, então muitos pacientes chegam com necessidade de avaliação neurocirúrgica”, afirma. Ele destaca ainda os tumores, infecções cerebrais e hidrocefalia entre os casos que demandam cirurgia.

Algumas doenças neurológicas podem necessitar de neurocirurgia

O neurocirurgião alerta ainda sobre sinais que não devem ser negligenciados e que necessitam de avaliação de um profissional. “Uma dor de cabeça intensa, súbita, que o paciente nunca sentiu antes, ou que vem acompanhada de vômito e não melhora com medicação, precisa ser avaliada por um especialista”, afirma. “Após fazer uma anamnese [processo de entrevista e investigação realizado por profissionais de saúde] bem detalhada e um exame físico, o médico vai ver se há necessidade de fazer algum exame complementar, como um exame de imagem, para descartar algum problema”, conclui Cícero Lima.