Saiba como se prevenir de afogamento na Praia do Futuro, em Fortaleza

22 de julho de 2025 - 15:19 # # # #

Ascom Casa Civil e Ascom CBMCE - Texto
Ascom Semace e CBMCE - Fotos

Um dos principais destinos turísticos de Fortaleza, a Praia do Futuro possui características naturais e comportamentais que a tornam uma das mais perigosas do estado para banhistas. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), cerca de 75% dos resgates por afogamento no Ceará são realizados no local. No primeiro semestre de 2025, 347 pessoas foram resgatadas em todo território cearense. Após realização de estudo detalhado por parte do CBMCE, foram identificadas as cinco principais causas de ocorrências na região, facilitando assim a massificação para a população de como se prevenir de acidentes.

Prevenção

Apesar de campanhas educativas veiculadas para a conscientização dos banhistas, os guarda-vidas atuantes na Praia do Futuro enfrentam riscos recorrentes e específicos, resultantes das condições oceanográficas locais, da geografia submarina e do comportamento dos frequentadores. A seguir, estão os cinco riscos mais críticos identificados pelo CBMCE:

As correntes de retorno (ou rip currents) são o principal fator de risco de afogamentos na Praia do Futuro. Elas surgem quando a água que se acumula na faixa de areia é devolvida ao mar por canais estreitos e potentes. Essas correntes costumam ser disfarçadas pela aparência calma da superfície, com águas mais escuras e sem ondas, o que leva o banhista desavisado a entrar justamente na área mais perigosa. Uma vez dentro da corrente, o indivíduo é arrastado rapidamente para o mar aberto, dificultando o retorno à margem.

O fundo do mar da Praia do Futuro apresenta desníveis abruptos que formam buracos conhecidos como valões. Esses buracos, muitas vezes ocultos sob águas tranquilas, podem ter profundidade de até três metros e causar perda repentina de sustentação, surpreendendo mesmo nadadores experientes. A topografia irregular da região contribui para a formação de piscinas naturais enganosas, que transmitem falsa sensação de segurança. Ao identificar essa situação, o banhista deve se afastar.

Outro fator agravante é a instabilidade natural das condições de maré, vento e relevo submarino. Durante o dia, o nível da água e a intensidade das correntes mudam frequentemente, tornando áreas seguras em locais de risco em questão de minutos. É preciso ficar atento aos arredores e movimentações. Essas mudanças exigem que os postos de guarda-vidas adaptem constantemente a sinalização de segurança, reforçando o papel da atenção e da prudência dos banhistas.

Por fim, a região da Praia do Futuro também apresenta risco biológico devido à presença de caravelas-portuguesas e águas-vivas. Esses organismos, ao entrarem em contato com a pele, causam queimaduras intensas, ardência e, em alguns casos, reações alérgicas graves. O CBMCE orienta que, nesses casos, o ideal é lavar o local com vinagre ou água do mar, jamais aplicar água doce, e procurar atendimento médico se necessário.

A prevenção é o principal instrumento de proteção da vida nesse tipo de ambiente tão desafiador. É por meio da atuação dos guarda-vidas do CBMCE, aliada à responsabilidade individual dos frequentadores, que a população terá uma base sólida para uma experiência segura no mar. Conhecer os riscos, respeitar as orientações e adotar atitudes preventivas deve ser parte do comportamento de todo banhista e também de toda a sociedade.