Com dois transplantes pelo SUS, paciente se reencontra com a vida no HGF
24 de julho de 2025 - 17:03 #HGF #Hospital Geral de Fortaleza (HGF) #sus #transplante #transplante hepático #Transplante Renal
Eva Sullivan e Filipe Dutra - Ascom HGF - Texto
Eva Sullivan - Fotos
Paulo César segue acompanhado pelo HGF após ser transplantado duas vezes na unidade
“Em outro país eu teria morrido. Aqui, graças ao Sistema Único de Saúde (SUS), eu tive a chance de viver. Eu devo a minha vida a esse hospital”. Foi no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), equipamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), que Paulo César Gonçalves, 53 anos, encontrou abrigo, cuidado e a chance de renascer. Duas vezes.
De Quixeramobim, doente e sem conseguir mais trabalhar, Paulo vivia entre crises, idas e vindas exaustivas à clínica de diálise e à espera de um transplante. O caminho até o primeiro transplante não foi fácil. Mas, um dia após o seu aniversário, 16 de outubro de 2020, ele recebeu a tão sonhada ligação do HGF. “Achei que fosse mais um trote dos meus primos. Eles viviam pregando peça comigo que, ansioso, achava que toda ligação fosse do HGF. Mas era real. Era o meu fígado”, disse, sorridente.
O paciente recebeu o fígado em outubro de 2020 e os rins em abril de 2024
A cirurgia foi um sucesso, mas o rim, que ainda funcionava, parou. Paulo voltou à rotina de diálise e, com ela, vieram novas batalhas: infecções, queda da imunidade e o diagnóstico de doença de Chagas. “Fiquei três meses e meio internado. Fiz amizade com todo mundo, da limpeza ao médico… Hoje eu me sinto em casa no HGF”, conta.
No início de 2024, Paulo, já cansado e angustiado com a espera, quase desistiu. “Eu já não sabia mais o que fazer. A comida estava difícil, o aluguel apertado, a família distante… Estava no meu limite e pronto para voltar para minha cidade e esperar a morte em casa. Mas pedi um sinal a Deus e Ele me mostrou”, conta, emocionado.
A resposta veio no dia seguinte, 28 de abril. Uma nova ligação do HGF. E dessa vez, para o transplante de rim. O segundo transplante, também, foi um sucesso. Hoje, Paulo segue em acompanhamento no hospital e não esconde a gratidão que sente a todos que fazem parte da unidade. “O HGF salvou a minha vida duas vezes, tenho uma dívida imensa com cada profissional que me tratou com acolhimento e muita humanidade. A gente vê no olho deles que o que fazem é por amor mesmo”, relembra.
Sobre o SUS, ele não tem dúvidas. “O SUS é tudo! É o que há de mais justo. Aqui ninguém passa na frente porque tem mais dinheiro ou amizade. Aqui, a vida tem o mesmo valor para todo mundo”, reforça.
E para quem está na fila, esperando por um transplante, ele deixa uma mensagem. “Você não está sozinho. Tem muita gente nessa luta com você. Persevere com fé que você vai vencer”, finaliza.
Como se tornar um doador de órgãos
Para doar órgãos, basta que a pessoa deixe a família ciente do seu desejo. Caso algo aconteça e essa pessoa chegue a sofrer uma morte encefálica, a família é quem vai autorizar a doação. Os órgãos que podem ser transplantados no Ceará são: rim, fígado, córneas, pâncreas, coração e pulmão.
Ouvidoria como canal de comunicação entre o hospital e o usuário
Paulo ficou tão grato que não bastou apenas celebrar junto aos seus: ele fez questão de registrar o elogio ao atendimento na Ouvidoria do HGF. Por meio de um e-mail, ele resumiu sua trajetória e agradeceu aos profissionais da unidade por todo o cuidado.
Todas as unidades da Rede Sesa possuem ouvidorias, aptas a aperfeiçoar a qualidade e a eficácia das ações e serviços prestados pelo sistema de saúde no âmbito do Estado. Conheça mais clicando aqui.