Despertando Olhares: fotografia como expressão e cidadania
6 de agosto de 2025 - 16:37 #Centro de Semiliberdade #formação #Fotografia #iguatu #Museu da Fotografia #parceria
Marconi Alves - Ascom Seas - Texto
Museu da Fotografia - Foto
Durante uma semana, profissionais da Seas, estagiários (as), bem como socioeducadores e adolescentes do Centro de Semiliberdade de Iguatu participaram de uma formação transformadora em parceria com o Museu da Fotografia Fortaleza, por meio do projeto Despertando Olhares. A iniciativa proporcionou vivências práticas e sensíveis no campo da cultura visual, promovendo o uso da fotografia como ferramenta de comunicação, expressão e fortalecimento da autoestima.
Tanto em Fortaleza, com trabalhos iniciais na Escola de Socioeducação Mílton Carlos Lima de Oliveira, quanto em Iguatu, a programação incluiu oficinas de câmera escura, pinhole, mobgrafia, light paint, técnicas de iluminação e fotografia de produto, experiências que despertaram novos olhares e ampliaram repertórios criativos!
Para estagiários e socioeducadores, a formação representou a aquisição de novas técnicas fotográficas e também uma oportunidade de repensar práticas educativas. Já para os jovens, cada oficina foi um convite para se enxergarem de outra forma: protagonistas de suas próprias narrativas. Entre risos, descobertas e desafios criativos, a fotografia se tornou uma ponte para expressar sentimentos, contar histórias e imaginar futuros possíveis. A experiência, vivida coletivamente, ampliou perspectivas e deixou marcas que vão além das imagens produzidas.
De acordo com a coordenadora da Escola de Socioeducação, Jéssica Muriel, o Projeto Despertando Olhares mostra o poder da arte como instrumento de transformação: “A fotografia possibilitou que nossos estagiários e colaboradores da sede descobrissem novas formas de se expressar e de enxergar o mundo ao seu redor. Mais do que técnicas, eles levaram consigo a experiência de se reconhecerem como sujeitos capazes de criar, contar histórias e ressignificar realidades”, ressaltou Jéssica Muriel.
Projeto em Iguatu
O Projeto Despertando Olhares viajou mais de 380 quilômetros para dar oportunidade ao curso aos adolescentes e socioeducadores do Centro de Semiliberdade de Iguatu. Ministrado pela equipe do Museu da Fotografia de Fortaleza, o curso trouxe ensinamentos técnicos e abriu novas perspectivas e possibilidades para jovens em cumprimento de medida socioeducativa de semiliberdade.
Através das lentes, os participantes puderam enxergar o mundo com outros olhos, exercitar a criatividade, resgatar memórias e registrar momentos que refletem suas vivências, sentimentos e sonhos. A fotografia se tornou, assim, um instrumento de transformação, autoestima e expressão individual, mostrando que cada olhar é único e tem valor.
A equipe da unidade socioeducativa, que também participou do curso, foi igualmente contemplada com aprendizados e reflexões. O contato com a arte fotográfica e com o olhar sensível dos jovens reforçou a importância de um trabalho humanizado, da escuta e do incentivo ao potencial de cada um.
Frutos colhidos
A diretora da unidade, Ana Emília, não poupou elogios ao trabalhos dos instrutores do Museu da Fotografia e a recepção dos jovens da Semiliberdade:
“Fiquei muito feliz pelos frutos colhidos durante toda a semana de trabalho. Foi gratificante perceber o envolvimento, a dedicação e o brilho no olhar de cada participante, reafirmando que iniciativas como essa contribuem para a transformação de vidas e para a construção de novas histórias. A parceria com o Museu da Fotografia de Fortaleza foi fundamental para tornar essa experiência possível, unindo arte, educação e inclusão social”, pontuou.
O coordenador do eixo arte, cultura, esporte e lazer da Seas, Eduardo Ferreira, acompanhou o Projeto Despertando Olhares em Iguatu. Ele afirma que há um misto de alegria e satisfação na parceria entre a Seas e o Museu da Fotografia, ofertando um curso tão importante para adolescentes e socioeducadores:
“O Projeto Despertando Olhares chega para mostrar através das lentes um mundo diferente, onde a subjetividade de cada participante possa florescer. É uma nova perspectiva de ver as minúcias e os detalhes quase invisíveis ao olhar comum de tudo que nos cerca captados pelas câmeras fotográficas. Está de parabéns a Unidade por esse momento único e transformador”, reconheceu Eduardo.