Profissionais de Hospital Regional Vale do Jaguaribe celebram alta de paciente de 117 anos

6 de agosto de 2025 - 17:02 # # # # # #

Joelton Barboza e Diana Vasconcelos - Ascom HRVJ - Texto
Joelton Barboza - Foto

Profissionais do HRVJ se reuniram para festejar a alta da Dona Ló

Chegar aos 117 anos com lucidez, caminhando, conversando e cantando é um privilégio compartilhado por poucas pessoas no mundo. Uma delas é a cearense Leonizia Pereira da Silva, ou apenas Dona Ló, como gosta de ser chamada. A idosa, que pode ser a mulher mais velha do Brasil e do mundo, acaba de receber alta do Hospital Regional Vale do Jaguaribe (HRVJ), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), após sofrer uma queda da própria altura e deslocar o ombro.

Internação no HRVJ

Dona Ló foi internada na terça-feira (5). “Ela anda e, quando eu fui pegar a medicação na secretaria, minha mãe falou que (a encontrou) estava caída no chão. Então, não sabemos especificar como foi. Ela mesma disse que foi sentar na cadeira e não viu. Minha mãe tinha ido ao banheiro e havia a deixado dormindo, mas, quando voltou, ela não estava mais na cama”, conta Talane Sousa, neta de Dona Ló.

Equipe multidisciplinar acompanhou a internação e cuidou da alimentação da idosa

Apesar do susto, Dona Ló já recebeu alta e vai seguir com tratamento “conservador”. “Dona Leonizia teve uma luxação no ombro, quando o membro saiu do local, e a equipe que a atendeu colocou ele de volta no lugar. Hoje, avaliando os exames de controle, a gente verificou que não há indicação cirúrgica, o ombro está no local e na posição adequada. Ela vai de alta hospitalar usando apenas uma tipóia e medicação para controlar a dor”, disse o médico traumatologista, Eduardo Correia.

História de vida

Neta de Dona Ló afirma que família agirda visita de equipe do Guinness Book

Talane conta que sempre morou com a avó, por esse motivo, pôde ouvir histórias e aprender muito com a avó. “Principalmente sobre a vida dela como comerciante, quando vendia comida. Ela fala muito das vaquejadas, que se sentia muito realizada”, disse a nota contando sobre as saudades da avó, que, ao todo, tem 12 netos, 11 bisnetos e 6 tataranetos.

Nascida em 1908, sem dúvida, Dona Ló tem muita história para contar. Afinal, presenciou a primeira (1914 e 1918) e a segunda (1939 e 1945) grandes guerras; testemunhou a pandemia da gripe espanhola e até a covid-19.

Fã de rapadura e açaí, Dona Ló chegou a pedir os doces como refeição no HRVJ, sempre acompanhada da neta. “Sempre cuidei e ela sempre me passou o melhor. (Ela) me ensinou as coisas certas e a andar no caminho do bem. Eu só tenho a dizer coisas boas dela”, destaca a neta.

Recorde

Dona Ló deu entrada no HRVJ no dia 5, com ombro deslocado e uma luxação

A neta de Dona Ló conta que a família já entrou em contato com o Guinness Book, publicação internacional que registra recordes, e aguarda visita oficial para avaliação. Residente do município de Morada Nova, a idosa de 117, segundo Talne, recebe benefício da Previdência Social (Renda Mensal Vitalícia) e possui documentos que comprovam a data de nascimento.