Casa de Cuidados do Ceará orienta cuidadores sobre dieta para pacientes em uso de sonda
7 de agosto de 2025 - 16:26 #Casa De Cuidados #cuidadores #Dieta #orientação #Pacientes com sonda
Márcia Catunda - Ascom CCC - Texto e foto
A dieta enteral é necessária para suprir as necessidades nutricionais de pacientes que não podem ou não conseguem se alimentar por via oral de forma exclusiva. Dessa forma, torna-se um desafio a transição dos pacientes em uso desta alimentação para o domicílio, devido às suas particularidades, custo e acesso. Pensando nisso, a Casa de Cuidados do Ceará (CCC), equipamento da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), capacita os cuidadores que atuam na unidade por meio da realização da oficina.
As oficinas, planejadas pelo setor de Nutrição da CCC, abordam conteúdo e orientações sobre dieta enteral artesanal, que é uma mistura de alimentos in natura, ou minimamente processados, preparados de forma caseira, batidos e coados, para uso via enteral. Os cuidadores aprendem sobre higiene e segurança alimentar; preparo, conservação e administração da dieta, além de monitoramento de intercorrências, tornando o tratamento mais seguro.
As dietas são orientadas de forma individualizada
“A dieta é prescrita por nutricionista e adaptada às necessidades energéticas, proteicas e clínicas do paciente, e é necessário que as recomendações feitas pelo nutricionista sejam rigorosamente seguidas”, explica a nutricionista Kelly Sales. Esse tipo de dieta serve para suprir as necessidades nutricionais do paciente que está em uso de sonda e pode ser usada em casa quando a dieta enteral industrializada não é acessível devido custo ou disponibilidade, sendo uma alternativa viável e acessível.
A acessibilidade foi o ponto mais elogiado pelo cuidador Wellington Costa, de 41 anos, que cuida do irmão com sequelas de um tumor cerebral. “Eu achei essa dieta bem interessante porque as nutricionistas dão opções para baratear nossos custos, usando coisas que a gente tem em casa, que são mais acessíveis, que conseguimos encontrar com mais facilidade e isso nos deixa mais tranquilos para levar nosso paciente para casa”, avalia.
A oficina de dieta enteral artesanal está sendo realizada com os cuidadores selecionados de pacientes com indicação
A cuidadora Nubia Andrade, de 47 anos, também participou do momento e contou que, além do aprendizado, reviveu memórias afetivas. “Criei cinco filhos com mingau, então lembrei desse alimento. Agora aprendi a fazer um novo tipo de mingau para minha mãe que está em cuidados paliativos”, pontuou.
A oficina de dieta enteral artesanal está sendo realizada quinzenalmente com os cuidadores selecionados de pacientes com indicação para esse tipo de alimentação. As dietas são orientadas de forma individualizada e as orientações de alta são realizadas conforme planejamento entre a equipe multiprofissional.