Paternidade: um aprendizado constante sobre amor incondicional e fortalecimento do senso de responsabilidade

8 de agosto de 2025 - 16:37 # # #

Thiago Mendes, Allane Marreiro, Evelyn Ferreira - Ascom Casa Civil - Texto
Divulgação - Fotos

Cleonildo afirma que aprende com as filhas todos os dias, inclusive, a ser pai

“Ninguém nasce pronto para a paternidade”, disse o gerente do Núcleo de Atendimento ao Cliente (NAC) do Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH), Cleonildo Pontes. Para ele e muitos outros pais que integram os quadros da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), como o diretor geral do Hospital São José (HSJ), Edson Buhamra; e o auxiliar administrativo da Sesa, Francisco de Assis Pereira de Aquino, a paternidade é um aprendizado constante que ajuda, inclusive, a moldar o caráter e fortalecer o comprometimento com a profissão.

Cleonildo é pai de duas meninas: Luma, 8, e Ana Júlia, 4. Ele conta que hoje, aos 31 anos, percebe que ter as filhas foi um “divisor de águas” para si mesmo, pois a responsabilidade por uma vida em desenvolvimento mudou seu modo de pensar e agir. O “peso” da paternidade, porém, e a maturidade para lidar com o processo, segundo ele, é algo que se adquire com o tempo. “Ninguém nasce pronto para a paternidade. E posso dizer que até hoje sou um pai em aprendizado”, ensina ele.

Opinião que para o médico infectologista Edson Buhamra é verdadeira e vai além, pois, entre as coisas aprendidas por ele através dos filhos, foi “o amor incondicional”. “Sempre quando vejo alguém dizer que vai casar, ou vai ser pai, ou vai ser mãe, eu digo que a pessoa vai conhecer o que é o amor. A gente conhece a saudade do namoro, do noivado, do casamento, mas o amor verdadeiro a gente só conhece através do nascimento de um filho. É um sentimento indescritível”, comenta Edson.

O médico Edson busca tratar os paciente com memso amor que dedica aos filhos

O diretor-geral do HSJ é pai de quatro filhos, Raul de 27 anos, Henrique de 25 anos, Breno de 23 anos, e a caçula Marcella de 19 anos. “Eu vejo a paternidade como sendo um privilégio. Poder olhar meus filhos, não como um fardo, mas sim como momentos de alegria e satisfação. Porque, durante o processo de crescimento deles e do meu envelhecimento, a coisa que mais me anima é ver as fases de desenvolvimento de cada um deles. Ser pai é um sentimento tão nobre, tão especial, eu me sinto completo.”, destaca.

O amor que Edson tem como pai é compartilhado com a medicina.”Eu não sei se a paternidade influencia na medicina ou se é o contrário. Acho que as duas coisas se comunicam, se combinam. Não consigo ver uma pessoa que ame muito a medicina como eu amo e me dedico, e ter com os seus filhos um comportamento diferente do afeto e do carinho que eu tenho pelos meus pacientes”, explica.

Para o infectologista o trabalho tem que ser uma outra manifestação de amor. Um sentimento compartilhado pelo auxiliar administrativo da Sesa, Francisco de Assis. Para ele, chegar em casa e receber o abraço de boas-vindas da filha caçula faz todo esforço na vida profissional valer a pena. Um amor que transborda e é perceptível, inclusive, no ambiente de trabalho da Coordenadoria de Políticas de Educação, Trabalho e Pesquisa na Saúde (Coeps) da Sesa, onde os colegas o consideram “paizão”.

Francisco, mesmo com as filhas vivendo em casa separadas, busca ser um pai presente e responsável para ambas

“Ela (a filha mais nova, Isabela) é muito apegada, muito carinhosa, depende de mim para tudo. Quando eu estou em casa, ela só quer comer comigo, só quer que eu dê banho nela, roupa, tudo ela quer a minha presença”, conta o auxiliar administrativo orgulhoso.

Isabela é a filha mais nova de Francisco. A mais velha, Isabel, de dez anos, vive com a mãe, fruto de um relacionamento anterior. Os momentos com a filha maior são mais espaçados (apenas aos fins de semana) e o convívio não é tão intenso quanto o que ele experimenta com a a mais nova. Mesmo assim, ele mantém vivo na memória o sentimento que lhe encheu o peito no momento em que pegou Isabel no colo pela primeira vez. “É um pedaço de mim”, lembra emocionado.

Sem o nome do pai biológico no registro de nascimento, Francisco não quer ver se repetir a história com as filhas. Por isso, ele tenta dar o melhor de si e se manter presente na vida de mabas. “Tento deixar o máximo igual (entre as duas filhas) com relação à minha presença”, afirma.

A referência de paternidade em sua vida começou a ser construída quando Francisco completou 13 anos de idade e o companheiro de sua mãe resolveu participar de sua criação e dar seu nome ao então garoto. “O que eu tenho de referência é ele, o Seu Arsênio. Hoje ele não vive mais entre nós, faleceu. Mas, no máximo que ele podia, ele ensinava, me corrigia. Tudo o que ele fez foi para o meu bem”, rememora.