Governo do Ceará cria programa para impulsionar a produção de algodão no estado

5 de setembro de 2025 - 17:05 # # # #

Larissa Falcão - Ascom Casa Civil - texto
Helene Santos - Casa Civil - fotos

Iniciativa prevê a aquisição e distribuição de sementes de qualidade a produtores rurais, além de assistência técnica

O governador Elmano de Freitas sancionou, nesta sexta-feira (5), a lei que cria o Programa Estadual de Fortalecimento e Revitalização da Cotonicultura. Proposta pelo Executivo Estadual e aprovada na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), a medida vai potencializar a retomada da produção de algodão que, até a década de 1980, foi um produto relevante para a economia cearense, sendo chamado de “ouro branco”.

O governador defende que é um passo fundamental para que o Ceará retome o protagonismo no cultivo de algodão, gerando mais emprego e renda para os cearenses. “Sancionei a lei que cria o Programa Estadual de Fortalecimento e Revitalização da Cotonicultura, que vai impulsionar a produção de algodão no nosso estado. Com sementes de qualidade e subsídio para os produtores rurais, vamos gerar mais emprego, renda e desenvolvimento sustentável para a agricultura cearense”, afirmou Elmano de Freitas.

Coordenado pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE), o programa prevê diversas ações de incentivo para que produtores rurais tenham acesso facilitado a sementes de qualidade. As sementes, que serão adquiridas pelo Estado do Ceará, serão distribuídas exclusivamente a produtores rurais previamente cadastrados.

Além disso, a SDE, em cooperação com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão do Ceará (Ematerce), prestará o apoio necessário aos produtores beneficiados, considerando:

I – articular políticas de fomento à cadeia produtiva do algodão, promovendo a atração de investimentos e incentivo à comercialização;
II – apoiar a consolidação de mercados e parcerias para os produtores rurais
participantes do Programa;
III – elaborar estratégias de desenvolvimento econômico integradas à cotonicultura.

A iniciativa busca resgatar uma vocação do Ceará, já que o estado alcançou o posto de maior produtor de algodão do Nordeste e um dos maiores do Brasil até a década de 1980, quando começou o declínio da cotonicultura no País. O Ceará foi um dos muitos estados brasileiros afetados pela destruição das plantações de algodão em razão de pragas, especialmente o bicudo-do-algodoeiro.

A partir dos anos 2000, o Brasil voltou a produzir em diversas regiões, consolidando-se no ranking de produtores de algodão e, em 2024, tornou-se líder mundial na exportação, ultrapassando os Estados Unidos da América.