Rinites e outras alergias acometem cearenses na época de floração do caju; entenda quando procurar ajuda especializada
17 de setembro de 2025 - 16:49 #alergias #Floração do caju #Procurar ajuda #Rinites
Ascom Sesa - Texto
Ceará é um dos maiores produtores de caju do Brasil; alérgicos sofrem na época da floração do cajueiro
Nos meses de setembro a novembro, com os fortes ventos, ocorre a polinização de algumas espécies de plantas, como o cajueiro. Com isso, tornam-se comuns os casos de rinite alérgica e outras alergias do tipo. “Os sintomas mais comuns são espirros repetidos, nariz entupido ou escorrendo, coceira no nariz, olhos ou garganta, além de olhos vermelhos e lacrimejando”, explica a médica da UPA Autran Nunes, Luiza Marques.
Ainda segundo ela, crianças e idosos são o grupo mais vulnerável e, por isso, os cuidados devem ser redobrados. A profissional também pontua sobre qual unidade procurar em caso de sintomas. As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) atendem somente os casos de urgência e emergência.
Confira a entrevista:
O pólen do caju é realmente um dos principais fatores que contribuem para esse aumento de alergias no Ceará nesta época do ano?
Luiza Marques: Sim. O cajueiro, muito comum no Ceará, libera grande quantidade de pólen durante a floração, e essas partículas ficam suspensas no ar. Em pessoas sensíveis, esse pólen pode desencadear sintomas de alergia respiratória e ocular. Claro que outros fatores, como poeira e poluição, também contribuem, mas o pólen do caju é um agravante importante neste período.
Quais os sintomas mais comuns da alergia ao pólen de caju?
Luiza Marques: “em pessoas sensíveis, esse pólen pode desencadear sintomas de alergia respiratória e ocular”
LM: Os sintomas mais comuns são espirros repetidos, nariz entupido ou escorrendo, coceira no nariz, olhos ou garganta, além de olhos vermelhos e lacrimejando. Em pessoas que já têm asma ou bronquite, pode aparecer tosse seca, chiado no peito e até falta de ar.
Existe algum grupo mais vulnerável a apresentar sintomas mais graves nesta época do ano?
LM: Sim. Crianças e idosos são mais frágeis e podem ter sintomas mais intensos. Além disso, pessoas com doenças respiratórias crônicas, como asma, e aquelas que já possuem histórico de alergia precisam redobrar a atenção, porque o risco de crise é maior.
Crianças e idosos são os mais atingidos (Foto: Freepik)
Em casos de sintomas, quando a pessoa deve procurar uma unidade de saúde?
LM: Se houver falta de ar persistente, chiado no peito que não melhora com a medicação de costume, ou se a pessoa apresentar inchaço nos lábios, língua ou rosto acompanhado de dificuldade para respirar, é hora de procurar atendimento imediatamente. Crianças pequenas e idosos que fiquem muito cansados, sonolentos ou sem conseguir se hidratar também precisam de avaliação o mais precoce possível.
Vale lembrar que os postos de saúde atendem casos leves e moderados de sintomas como rinite, resfriados simples, espirros e tosse leve. Já as UPAs são unidades de emergência e urgência e o paciente deve procurar em situações como falta de ar, febre persistente, chiado no peito, tosse com sangue, além de sinais de desidratação e prostração intensa.
Quais outros fatores climáticos e ambientais podem estar relacionados ao agravamento das alergias neste período?
LM: Além do pólen, a baixa umidade do ar, a poeira acumulada, a fumaça de queimadas e as mudanças bruscas de temperatura são fatores que irritam as vias respiratórias e aumentam os sintomas alérgicos. Por isso é importante evitar exposição a poeira e poluição, além de manter o corpo bem hidratado e o ambiente limpo.