De outubro a outubro rosa: Rede Sesa amplia atendimento oncológico e fortalece diagnóstico precoce no Ceará
6 de outubro de 2025 - 11:16 #ampliação #diagnóstico #oncologia #Rede Sesa
Jessika Sampaio - Ascom Sesa - texto
Arquivo Pessoal, Sesa e Casa Civil - fotos
Júlio César Lopes - Sesa - arte gráfica
Sesa segue compromisso com a prevenção do câncer de mama de outubro a outubro
Outubro é marcado pela campanha de conscientização sobre o câncer de mama, o tipo mais comum entre as mulheres brasileiras. Para além das ações educativas realizadas durante todo o ano na Campanha De outubro a outubro rosa, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) tem investido de forma contínua na expansão e qualificação da rede de oncologia, proporcionando diagnóstico precoce e tratamento especializado em todas as regiões do Estado.
A secretária da Saúde do Estado, Tânia Mara Coelho, lembra que desde o começo da gestão a regionalização tem sido um foco da pasta. “Abrimos quatro serviços de oncologia, sendo três no interior. Isso é fundamental porque permite que o paciente seja tratado mais perto de casa, junto da família, o que faz diferença no processo de recuperação”, completa.
Esses avanços transformam a vida de quem precisa enfrentar a jornada contra o câncer e é o assunto da segunda reportagem da série especial sobre Outubro Rosa, que vai destacar avanços, o alcance do sistema de cuidado oncológico do Ceará e, mais do que isso, histórias de vida.
Como a de Lourdes Leite Bezerra, técnica de enfermagem aposentada de 64 anos e moradora de Quixadá, que no dia 7 de julho de 2025 tocou o Sino da Esperança no Hospital Regional Sertão Central (HRSC), unidade da Sesa em Quixeramobim. “No último dia da minha quimioterapia eu toquei o sino com muita força, chorei muito de emoção”, diz ela, que agora tem em seus exames resultados 100% livres de células malignas.
O tratamento de D. Lourdes, realizado a apenas 30 km de casa, é um dos resultados da expansão da oncologia do Estado para além da capital
Expansão e regionalização do cuidado
Com o trabalho de ampliação, a rede hoje é formada por 11 unidades habilitadas em alta complexidade oncológica, distribuídas nas cinco regiões do Estado: Fortaleza, Cariri, Sobral, Sertão Central, Litoral Leste e Vale do Jaguaribe, garantindo cuidado integral, desde a prevenção até a reabilitação, dentro do SUS.
Esse avanço se reflete também no acesso ao diagnóstico. Um exemplo é o alcance da rede que, somente em 2024, realizou mais de 84 mil mamografias de rastreamento. Para a secretária da Saúde, Tânia Mara Coelho, esse é um ponto decisivo. “As policlínicas do interior, parte da Rede Sesa, são uma das estratégias para ampliar os exames preventivos, como a mamografia. Essa é uma forma de garantir que o diagnóstico seja feito cada vez mais cedo”, explica a secretária.
É importante salientar que quanto mais cedo o diagnóstico for fechado, mais chances de cura o paciente tem. Esse, inclusive, foi o caso de D. Lourdes, a paciente de Quixadá. “Eu sempre fui assídua na questão de fazer mamografia anualmente. Eu sempre fazia no Outubro Rosa e ano passado, quando viram meu exame, fui encaminhada para a Policlínica, onde pediram a ultrassonografia e a biópsia”, lembra a aposentada.
Sobre isso, Lourdes deixa um recado às mulheres:
“Mulheres, cuidem-se”, diz dona Lourdes, que finalizou o tratamento no HRSC
Expansão Física
HUC realiza cirurgias oncológicas
A expansão também se reflete na inauguração de grandes equipamentos. O mais recente é o Hospital Universitário do Ceará (HUC), entregue pelo Governo do Ceará em 2025, com 832 leitos e estrutura moderna, consolidando o Estado como polo de atendimento de alta complexidade. As projeções de expansão seguem para que o atendimento chegue a cada vez mais cearenses. “Seguiremos ampliando a rede oncológica conforme o Plano Estadual de Oncologia, com novas unidades previstas em Brejo Santo e Iguatu. Além disso, a habilitação dos serviços garante repasse federal permanente, assegurando sustentabilidade e acesso às tecnologias mais modernas de tratamento”, afirma a secretária Tânia Mara Coelho.
HUC possui 832 leitos e estrutura moderna, consolidando o Estado como polo de atendimento de alta complexidade
Além da expansão física, o investimento em tecnologias inovadoras, como a biópsia estereotáxica, são parte do cotidiano de pacientes e profissionais ligados à rede Sesa. O médico oncologista e superintendente estadual da Região de Fortaleza (SRFOR), Jader Sabino, diz que o procedimento, por exemplo, permite diagnósticos mais rápidos e seguros. “Trata-se de um procedimento minimamente invasivo, feito com anestesia local e alta precisão. Dentro do SUS, sua disponibilidade representa um avanço no cuidado da saúde da mulher, garantindo igualdade de acesso a tecnologias de ponta e aumentando as chances de sucesso no tratamento do câncer de mama”, explica o oncologista.
Regionalização da atenção ambulatorial especializada
A Rede Sesa também avança no cuidado oncológico com a presença de equipes multiprofissionais formadas por oncologistas, mastologistas, radiologistas, enfermeiros especializados, psicólogos e nutricionistas. Esse suporte garante um acompanhamento integral em todas as etapas, do diagnóstico precoce à reabilitação, ampliando a segurança e a qualidade do atendimento.
A atuação dos especialistas fortalece a integração com a atenção primária, que encaminha os casos e acompanha a continuidade do cuidado após o tratamento nos centros de referência. “Esse modelo fortalece a linha de cuidado em oncologia, oferecendo maior proximidade com médicos especializados e evitando complicações que poderiam surgir de diagnósticos tardios ou mesmo ao longo dos tratamentos”, reforça o superintendente Jader Sabino.
Caminho do diagnóstico até o tratamento
Mamografias podem ser realizadas nas policlínicas regionais
O percurso entre o diagnóstico e o tratamento do câncer de mama na Rede Sesa começa na atenção primária, onde a paciente é acolhida, avaliada e, quando indicado, recebe a requisição para a mamografia. O exame é realizado em unidades especializadas, como as policlínicas regionais, e o laudo é inserido em um sistema, permitindo que a equipe de saúde acompanhe o resultado.
Em casos suspeitos ou confirmados, a paciente retorna à unidade de origem, que faz o encaminhamento regulado para serviços hospitalares de referência em oncologia, como as Unidades de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) e os Centros de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon). Esses estabelecimentos são habilitados pelo Ministério da Saúde para oferecer assistência integral ao paciente com câncer: desde o diagnóstico até cirurgias e tratamentos especializados.
Dessa forma, o processo garante integração entre os níveis de atenção, reduz o tempo de espera e assegura que o tratamento seja iniciado em tempo oportuno.
De outubro a outubro rosa
Desde 2024, a Secretaria promove a campanha “De outubro a outubro rosa”, com o objetivo de falar sobre autocuidado o ano inteiro e estimular a realização dos exames necessários, além de desmistificar as questões com relação à mamografia. Durante o mês, reportagens especiais semanais irão abordar o tema.