Fisioterapia no CIDH foca no tratamento de dores e de neuropatia; condição decorrente da diabetes causa dormência nas extremidades do corpo
20 de outubro de 2025 - 13:24 #CIDH #fisioterapia #saúde #Sesa #tratamento
Texto e fotos: Thiago Mendes - Ascom CIDH
Avaliação da neuropatia nos pés é um dos passos para início do tratamento
Dormência e formigamento na planta do pé são alguns dos sinais de alerta para os cuidados com os membros da pessoa com diabetes. Antes mesmo da evolução desses sintomas para a dor, a fisioterapia é aliada na prevenção de complicações, que podem evoluir para amputação, nos casos mais graves. No Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH), unidade da rede da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), o Serviço de Fisioterapia oferece estímulos com foco nos nervos de pés, pernas e mãos, além de alívio para dores em geral.
A gerente do Ambulatório de Fisioterapia do CIDH, Sandra Brasil Soares, explica que o serviço tem como foco pacientes atendidos no CIDH com neuropatia diabética. Esse tipo de neuropatia é uma complicação do diabetes caracterizada, principalmente, pela diminuição ou falta de sensibilidade em regiões como pés e mãos. “A pessoa pode pisar em um prego ou mesmo em uma pedrinha, que podem aderir ao sapato, por exemplo, e infectar. Quando o paciente vai olhar, muitas vezes nem sabe o que aconteceu, porque não está sentindo”, detalha Sandra.
Estímulos manuais por meio de faixas elásticas fazem parte do acompanhamento do paciente com neuropatia diabética
Quando surgem os primeiros sintomas da falta de sensibilidade, a equipe entra em ação, com tratamento fisioterápico, por meio de estímulos não só manuais, como bolas crespas, faixas elásticas, rolos, balanceadores e circuitos motores, mas também elétricos, como aparelhos como ultrassom e TENS (Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea).
“Com esse tratamento de estimulação, o paciente volta a sentir a percepção da planta do pé, o tato da mão, a superfície dos membros porque acontece o retorno do envio de informações ao cérebro. Com esse tratamento, o paciente começa a ter mais segurança na deambulação (caminhada)”, descreve a fisioterapeuta.
Trabalho de casa
O tratamento é realizado com base na avaliação de cada tipo de caso, explica a fisioterapeuta
Além da neuropatia, a Fisioterapia do CIDH também cuida de dores geralmente associadas à má postura e à falta de exercícios físicos ao longo da vida, como dores nas costas e ombros. Uma terceira vertente do serviço é a Reabilitação Cardíaca.
Sandra Brasil explica que a Fisioterapia também busca educar a pessoa que precisa continuar o tratamento em casa, muitas vezes pelas dificuldades de deslocamento. Outras precisam ganhar consciência sobre a importância de se movimentar além dos exercícios domésticos. “Com as atividades de casa não é possível movimentar com eficácia todas as articulações. A pessoa pode colocar mais peso em um braço, comprometendo um ombro, ou não fazer o movimento certo da coluna. Já na fisioterapia, o tratamento é realizado com base na avaliação de cada tipo de caso e necessidade das articulações e músculos envolvidos, além do alinhamento postural”, detalha Sandra.
Por isso, as fisioterapeutas também apresentam, nos atendimentos, orientações de como pacientes e acompanhantes podem realizar os exercícios em casa da maneira mais adequada.
Alívio das dores
O recepcionista aposentado Ivan Cesário (foto), 65, é hipertenso e é acompanhado há 30 anos no CIDH. Ele elogia o atendimento na Fisioterapia para dores de artrose. “Eu venho com muitas dores, quando eu saio daqui eu saio sem dor. Os exercícios são bons, os profissionais são ótimos. Eu fiz um ano atrás, mas precisei voltar há dois meses”, conta Ivan, que complementa o tratamento com hidroginástica.
A aposentada Maria Eliane Cardoso, 67, tem diabetes tipo 2 e é acompanhada desde 2003 no CIDH. Ela conta prevenir a neuropatia nas consultas de Enfermagem. “Toda vida que eu venho para a consulta, eles examinam meus pés, examinam minhas mãos, examinam tudo”, detalha. Na Fisioterapia, ela trata dores crônicas no joelho e na coluna. “Eu me sinto bem melhor. Passei um tempo sem vir, mas agora eu já estou vindo de novo. Passei muito tempo bem melhor, aí agora eu estou sentindo de novo as dorezinhas e pedi pra voltar. Sempre fui bem atendida”, detalha Eliane.
CIDH
O Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH) presta assistência especializada, ensino e pesquisa em diabetes e hipertensão. O acesso se dá por meio de encaminhamento via Central de Regulação do Estado.