Vigilância da esporotricose humana é tema de webinário promovido pela Sesa no dia 30 de outubro
23 de outubro de 2025 - 14:38 #Covep #Esporotricose humana #Sesa #webinário
Jessika Sampaio - Ascom Sesa - Texto
Carla Bandeira - Arte gráfica
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), por meio da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica e Prevenção em Saúde (Covep), convida profissionais da área da saúde para participarem do Webinário sobre Vigilância da Esporotricose Humana. Realizado no dia 30 de outubro de 2025, das 14h às 16h, o evento será transmitido ao vivo pelo canal da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) no YouTube.
Clique aqui e ative o sino para receber notificação quando o evento começar
O evento é aberto e não requer inscrição prévia, sendo especialmente voltado para profissionais médicos, enfermeiros, biomédicos e técnicos de laboratório que atuam nas unidades de saúde públicas e serviços de vigilância. O encontro tem como objetivo orientar e atualizar os profissionais sobre as ações de vigilância, diagnóstico e manejo clínico da esporotricose humana, micose subcutânea que vem ganhando relevância no país.
O Ministério da Saúde incluiu, em março de 2025, a esporotricose humana na Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública. A medida reforça a importância da vigilância integrada e representa um avanço significativo para o controle e o monitoramento da enfermidade.
Retrato mais fiel
O orientador da Célula de Vigilância e Prevenção de Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis (Cevep), Carlos Garcia Filho, comenta que a inclusão da esporotricose humana na lista de notificação compulsória é um avanço importante para a saúde pública. “Isso significa que agora teremos um retrato mais fiel da ocorrência da doença, o que vai permitir um melhor planejamento das ações de controle e assistência”, explica.
O especialista reforça que a infecção pode atingir pessoas de todas as idades e está associada ao contato com animais e a fatores ambientais. “O olhar da vigilância é fundamental, integrando a saúde humana, animal e ambiental. O objetivo é fortalecer essa integração e capacitar os profissionais para reconhecer, notificar e acompanhar os casos de forma adequada”, destaca Garcia.
O webinário contará com a participação de Ana Maria Peixoto Cabral Maia, coordenadora da Covep/Sevig; Lisandra Damasceno, médica infectologista do Hospital São José (HSJ); e Karene Cavalcante, farmacêutica e coordenadora da Divisão de Biologia Médica do Lacen/CE. A moderação será feita por Tatiana Cisne Souza, assessora técnica do GT de Micoses Endêmicas e Oportunistas da Covep/Sevig.
Entenda a doença
A esporotricose é causada por fungos do gênero Sporothrix e é considerada a micose subcutânea mais prevalente no mundo. De evolução geralmente benigna e restrita à pele e aos vasos linfáticos, pode causar úlceras, nódulos e abscessos, exigindo diagnóstico e tratamento adequados.
Na Rede Sesa, pacientes com suspeita da doença são atendidos em serviços de referência em infectologia e dermatologia, onde recebem acompanhamento médico e antifúngicos, apresentando, na maioria dos casos, boa resposta clínica.
Jessika Nunes, médica veterinária da Célula de Vigilância Entomológica e Controle Vetorial (Cevet), explica que a esporotricose também é conhecida como “doença do jardineiro”, porque o fungo pode ser inoculado na pele por meio de traumas com espinhos ou similares no contato com solo e em plantas contaminadas.
A profissional explica que a principal medida de prevenção da esporotricose é evitar o contato direto com o fungo. “Manter quintais limpos e sem acúmulo de materiais que possam ser contaminados; utilizar equipamentos de proteção, como luvas, ao manipular terra, plantas, materiais orgânicos ou animais com lesões; manter cães e gatos em casa para evitar o contato com animais doentes; e lavar bem as mãos antes e após cuidar dos animais são alguns dos cuidados que podem evitar a contaminação”, completa.
Ainda não há vacina disponível, o que reforça a importância da vigilância e da informação para prevenir novos casos. “A pessoa deve procurar o posto de saúde se perceber feridas que não cicatrizam, especialmente nódulos vermelhos que podem se espalhar pelo corpo, após arranhões de animais, contato com madeira ou arame contaminado”, orienta o médico Carlos Garcia.
Serviço
Webinário sobre Vigilância da Esporotricose Humana
30 de outubro de 2025 (quinta-feira)
14h às 16h
Transmissão ao vivo pelo canal da ESP/CE no YouTube
Aberto ao público. Não é necessário inscrição prévia