Governador Elmano participa do Fórum de Líderes Locais da COP30 e discursa sobre transição energética equitativa
4 de novembro de 2025 - 15:34 #COP30 #Fórum de Líderes Locais #transição energética
Isabella Campos - Ascom Casa Civil - Texto
Lucas Almeida e Hiane Braun - Casa Civil - Fotos

O governador Elmano de Freitas participou, nesta terça-feira (4), do Fórum de Líderes Locais da COP30 – Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, realizada no Rio de Janeiro. Na ocasião, o chefe do Executivo estadual discursou sobre a importância de uma transição energética justa e equitativa. O evento, que ocorre entre os dias 3 e 5 de novembro, destaca o papel das cidades, estados e regiões na implementação de soluções climáticas concretas e na aceleração do cumprimento das metas globais do Acordo de Paris.
O encontro tem abordado como políticas públicas locais podem gerar benefícios ambientais, econômicos e sociais, ao mesmo tempo em que contribuem para objetivos globais, como a triplicação da energia renovável até 2030, a duplicação da eficiência energética e a transição justa para o afastamento dos combustíveis fósseis.

Em seu discurso, o governador ressaltou a importância que o Ceará tem dado ao tema. “A pauta mais importante do mundo no momento em que vivemos é a transição energética justa e equitativa — um princípio que tem guiado cada decisão do nosso governo. Uma transição não apenas sustentável do ponto de vista ambiental, mas também capaz de gerar emprego, inclusão e desenvolvimento regional para o nosso povo”, afirmou Elmano.
No Ceará, onde foi produzida a primeira molécula de hidrogênio verde (H₂V) do Brasil, apenas os pré-contratos relacionados à produção desse combustível — sete até o momento — preveem investimentos da ordem de US$ 30 bilhões, com geração estimada de 80 mil empregos diretos e indiretos. Além do H₂V, o Estado também se destaca no setor de energias renováveis, sendo o 4º maior produtor de energia eólica e solar do país.
Transição geradora de oportunidades

Toda a estrutura construída para a transição energética no Ceará é sustentada por políticas estruturantes, como o Plano Estadual de Transição Energética Justa – Ceará Verde. O plano inclui ações como o Programa Agente Jovem Ambiental, que envolve 10 mil jovens dos 184 municípios cearenses em projetos socioambientais, oferecendo bolsa, formação técnica e certificação, e o Programa Auxílio Catador, que incentiva a reciclagem e a reutilização de resíduos sólidos, beneficiando 3.655 catadores e catadoras.
“Essas e outras iniciativas sociais inovadoras asseguram que a transição climática também seja inclusiva e geradora de oportunidades”, destacou o governador. “Uma transição justa se mede tanto pelas emissões que evitamos quanto pelas vidas que transformamos”, complementou.

O Estado também tem trabalhado para se consolidar como um polo de conhecimento, inovação e formação de capital humano voltado à economia de baixo carbono, com a chegada do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), cuja instalação está prevista para 2027. A unidade oferecerá cursos de Engenharia de Sistemas e Energias Renováveis.
O ITA se soma a outras iniciativas, como o projeto “Educação e Competências para o Futuro”, do Observatório da Indústria (FIEC), em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), além do Projeto H-Tec, desenvolvido pelo Governo do Ceará em cooperação com diversas instituições. Este último prevê investimentos de R$ 34 milhões ao longo de quatro anos, com a abertura de laboratórios em 13 municípios e a formação de 12 mil técnicos e multiplicadores de conhecimento.
Avanço de políticas de transição

Apesar de o Ceará estar avançando rapidamente no caminho da transição energética, o gestor estadual ressaltou a importância de garantir o fortalecimento das políticas voltadas à transição energética em todo o Brasil. “No Brasil, temos a alegria de possuir uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo. E precisamos acelerar processos, como temos feito com o Hidrogênio Verde (H₂V), para assegurar o avanço das políticas de transformação dessa matriz”, pontuou.
O chefe do Executivo estadual também destacou alguns desafios que o país ainda enfrenta, como a necessidade de melhores condições de armazenamento e distribuição desse tipo de energia. “Precisamos garantir que o leilão de baterias seja acelerado, para que sejamos capazes de conservar essa energia e aumentar a eficiência do sistema. Quanto maior for nossa utilização de energia renovável, melhor será a qualidade da matriz energética limpa no Brasil”, explicou. “Ainda temos o desafio de fortalecer nossa indústria, garantindo incentivos que viabilizem uma nova base produtiva sustentada em energia renovável — algo decisivo para a economia que queremos construir para o país”, concluiu.