Mineração no Ceará atinge R$ 1,4 milhão em produção; rochas ornamentais lideram setor
4 de novembro de 2025 - 16:00 #diagnóstico #mineração #produção #SDE #UFC
Ascom SDE - Texto

O setor de mineração no Ceará demonstrou uma crescente relevância econômica em 2024, de acordo com o diagnóstico apresentado à Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), nesta segunda-feira (3), por representantes da Universidade Federal do Ceará (UFC). Ao todo foram mais de R$ 1,4 milhão em produção no ano passado. Na ocasião, esses e outros aspectos foram apresentados para a secretária executiva da Indústria da SDE, Brígida Miola.
O documento trata-se de um importante diagnóstico e um conjunto de propostas para o fortalecimento do setor de mineração no estado. O material é resultado das discussões do V Encontro de Mineração e I Seminário de Minerais Estratégicos, realizado em setembro na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC). Segundo o documento, o estado registrou um Valor Estimado da Produção (VPB) de R$ 799 milhões no ano, resultado da produção de 16,9 milhões de toneladas de minerais.
O segmento de rochas ornamentais é o motor da mineração cearense, sendo responsável por uma parcela majoritária do valor bruto da produção: elas respondem por 85% do valor da produção bruta mineral do estado.
O beneficiamento mineral, etapa de transformação do material, também gerou impacto significativo, somando R$ 678,8 milhões em valor agregado. Cerca de 19,9 milhões de toneladas passaram por essa transformação em 2024.
Empregos, arrecadação e outros minerais
O setor mineral tem forte impacto no mercado de trabalho cearense e nas receitas estaduais e municipais.
Empregos formais: a atividade gera aproximadamente 19,3 mil trabalhadores formais, concentrados principalmente na indústria de transformação de rochas.
Empresas: o setor conta com mais de 1.100 empresas formais ligadas à mineração.
Arrecadação (CFEM): a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) somou R$ 17,8 milhões, colocando o Ceará em 18º lugar no ranking nacional e reforçando a importância da atividade para as receitas locais.
Além das rochas ornamentais, outros minerais contribuíram para a economia em 2024: calcário com R$ 47 milhões, areia comi R$ 35 milhões, dolomita e magnesita com R$ 14,1 milhões.
Criação de núcleo estratégico
Segundo a professora e coordenadora do curso de Engenharia de Minas em Crateús, Tiany Guedes, “as tratativas com a SDE foram frutíferas após nossa apresentação e resultaram em um encaminhamento imediato para a criação do Núcleo Estratégico de Coordenação da Mineração no Estado do Ceará”, disse.
Será criado um Grupo de Trabalho (GT) multissetorial para dar os “pontapés iniciais” na articulação. O GT reunirá: UFC (Academia), Governo do Estado (SDE e Adece), setor privado (com apoio da FIEC) e sociedade civil. “A expectativa é que o grupo comece a operar rapidamente, garantindo uma coordenação mais eficiente e sustentável para o setor”, pontuou Tiany.
