Infância

Cidade Mais Infância mergulha nas cores, sabores e saberes da cultura afro-brasileira

7 de novembro de 2025 - 14:04 #Cidade Mais Infância #cultura afro-brasileira #novembro

Leo Capibaribe - Ascom SPS - Texto
Janaína Oliveira - Foto

Celebrar a cultura e a ancestralidade afro-brasileira. Nesse mês de novembro, esse é o convite da programação da Cidade Mais Infância – equipamento do Governo do Ceará, administrado pela Secretaria da Proteção Social (SPS). Com a temática “Nossas Raízes, Nossa Cultura”, as atividades estabelecem um diálogo profundo e afetuoso com a herança afrodescendente, utilizando o teatro, a gastronomia, as artes manuais e as brincadeiras para reforçar a identidade, a resistência e a beleza das tradições herdadas.

O Teatro, por exemplo, recebe o espetáculo infantil “As Raízes Mágicas”, onde os protagonistas Luan e Marina conduzem o público em uma jornada de descobertas culturais e muita imaginação. Além disso, o evento conta com o espetáculo de abertura e encerramento, “Dragão do Mar: O Jangadeiro da Liberdade”. Esta montagem, que mescla teatro, dança e circo, narra a história vibrante de Francisco José do Nascimento, o jangadeiro cearense que se tornou um símbolo de resistência ao recusar o transporte de pessoas escravizadas, reforçando a importância da Consciência Negra de forma leve e educativa para as crianças.

Alimentando corpo e alma

Na Fábrica de Pizzas, o regionalismo cearense é celebrado com a Pizza de Carne de Sol com Muçarela. Já na Escola de Gastronomia, o Cupcake de Coco com Cobertura de Chantilly presta uma homenagem saborosa à luta pela liberdade e dignidade, inspirada no “Dragão do Mar”.
Na Escola Pública, o espaço Sala Era Uma Vez, retrata a obra “O Baú Ancestral: Histórias de Bisavó”, trazendo narrativas transmitidas por Mãe Maria e Damásia, abordando o passado, o amor e as lutas de mulheres negras através de cantigas e lendas, com a inclusão de instrumentos de percussão para realçar a musicalidade do texto.

Descobertas culturais

Diversos espaços promovem a imersão cultural. Na Praça Verde, as brincadeiras afro-brasileiras do mês de novembro trazem atividades lúdicas como “Terra Mar” (Moçambique) e “Acompanhe meus pés” (Zaire/Congo), unindo culturalmente através do universo infantil. A TV Ceará, no espaço “Descobrindo nossas raízes”, foca em instigar a descoberta da influência bantu e iorubá no cotidiano.

Na Casa do Artista, as crianças criam seus próprios pandeiros com papelão e tampinhas, remetendo ao legado cultural do maracatu, herança do povo Bantu. O Aeroporto convida a uma viagem pelo “Nosso Brasil Negro” por meio de um teatro sensorial de voo, explorando manifestações culturais africanas em vários destinos brasileiros.

Arte e ancestralidade

A arte corporal é celebrada na atividade “Pintura Facial – Arte Ancestral”, que resgata a importância das pinturas faciais africanas usadas em rituais e como expressão de identidade e pertencimento. O espaço de Exposição, intitulado “Conexões”, exibe imagens de domínio público de manifestações culturais afro-brasileiras já realizadas no local, como capoeira, jongo, maracatu e samba, oferecendo referências visuais ricas.

O público também confere o curta-metragem “Meu nome é Maalum”. A história acompanha Maalum, uma menina negra brasileira que, ao se deparar com o racismo na escola por causa do seu nome, descobre, com o apoio familiar, o significado e o orgulho de sua ancestralidade, transformando a tristeza inicial em afirmação.